Em janeiro deste ano, o São Paulo decidiu se juntar aos clubes que estavam repatriando grandes astros do futebol – como o Corinthians fez com Ronaldo – e acertou a contratação do pentacampeão Rivaldo, de 39 anos. A contratação foi cercada de muita euforia por parte da torcida e também expectativa, já que ninguém sabia qual era a real condição física e técnica do meia. Na ocasião, a diretoria tricolor disse que contratava o jogador por seus resultados dentro de campo e não para lucrar com ações de marketing.
No entanto, os resultados não vieram e nesta quinta-feira (1º) o jogador declarou que seu contrato, que acaba no final do ano, não será renovado. Com um salário entre R$ 80 e R$ 120 mil, o camisa 10 teve números inexpressivos no clube e não conseguiu conquistar definitivamente a simpatia da torcida e se firmar como ídolo.
Rivaldo fez uma excelente estreia contra o Linense, marcando gol e dando espetáculo, o que deixou a torcida são-paulina esperançosa e otimista. Porém, ao longo do ano ele não foi capaz de manter o alto nível. Ao todo, foram 39 jogos com a camisa tricolor, mas quase sempre o meia começava no banco e entrava no decorrer da partida. Nesse tempo, entre Campeonatos Paulista e Brasileiro, Rivaldo marcou apenas seis gols, sendo um na competição estadual e cinco na nacional.
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, vice-presidente do clube, afirmou ao R7 que a saída de Rivaldo não foi um pedido do técnico Leão, que teve seu vínculo renovado nesta quinta (1º) e que, desde que chegou ao time, não deu muito espaço para o atleta. Segundo o dirigente, o desempenho apagado do meia foi igual ao do restante do grupo.
- O treinador não tem nenhuma interferência nesse caso. O contrato dele era até o final do ano e a diretoria deliberou que era melhor não renovar. Ele teve números baixos, assim como os outros. Só achamos mais interessante não continuar. Mas ele sempre honrou a camisa do São Paulo, sua passagem é positiva.
Rivaldo também causou algumas polêmicas. Como estava constantemente no banco, o jogador frequentemente reclamava publicamente das escolhas do treinador e de ser pouco utilizado. Aconteceu quando Adilson Batista estava no cargo e, também, com Paulo César Carpegiani. Com este último, as críticas pesadas ocorreram quando o São Paulo foi eliminado da Copa do Brasil.
O pentacampeão treina com o elenco até sábado (3), mas não vai participar do jogo contra o Santos, no domingo (4), pela última rodada do Campeonato Brasileiro, por ter sido expulso contra o Palmeiras na última rodada. A partida acontece em Mogi Mirim, no estádio que leva o nome do pai do meia, Romildo Vitor Gomes Ferreira.
Rogério Ceni
A apagada passagem de Rivaldo dentro do São Paulo não foi uma derrota apenas para o meia e para a diretoria, que apostou no veterano jogador. A chegada do jogador ao clube foi por intermédio do goleiro e capitão Rogério Ceni. Amigos pessoais, eles estiveram juntos no elenco da seleção brasileira campeã do Mundo de 2002.
Tudo começou quando Rivaldo esteve no vestiário do São Paulo, após a derrota do seu Mogi Mirim por 2 a 0, para visitar o amigo. O capitão tricolor sugeriu o acerto. Rivaldo gostou da possibilidade, e as conversas com o presidente Juvenal Juvêncio começaram. Na época, o meia exercia o cargo de presidente do clube do interior.
Rivaldo se despede do São Paulo com seis gols, polêmicas e pouca identificação com a torcida
Pentacampeão divulgou nesta quinta-feira (1º) que não joga mais pelo clube paulista
Fonte R7
2 de Dezembro de 2011
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