A parte final só não teve quem foi titular no coletivo de quarta-feira chutando bolas ao gol. Jean, Xandão, Rhodolfo, Juan, Wellington, Denilson, Cícero, Lucas, Fernandinho e Luis Fabiano, ao lado de Dagoberto e Rivaldo - que devem se despedir do São Paulo na próxima semana - ficaram sentados no meio do campo vendo os colegas finalizarem à meta. Jean foi o único a participar por alguns minutos, mas apenas dando passes.

Leão deixou seu auxiliar e sobrinho, Fernando Leão, acompanhando o treinamento, mas assistiu do banco a um péssimo rendimento de seus reservas. Raras vezes os goleiros trabalharam. Nem mesmo o rebote, que o chefe tanto exige, ocorria com frequência.
O treinador, contudo, não demonstrou tanta irritação com os erros. A meta do comandante, aparentemente, era impor um ambiente animado a três dias do último jogo da temporada, na derradeira oportunidade de ir à Libertadores enfrentando o Santos, em Mogi Mirim.
As primeiras risadas no gramado vieram com a ordem de tocar a bola e dar cambalhotas. A atividade causou tanta alegria que Luis Fabiano, ao fim dela, escalou uma das grades do CCT da Barra Funda, gargalhando e gritando. "Não mandei fazer isso. Pague o castigo", falou Leão, obrigando o centroavante a executar dez polichinelos - ordem que ele cumpriu mantendo o riso no rosto.
Depois, os atletas se reuniram no círculo central e alternavam brincadeiras de proteger a bola para evitar que quem estava no centro a roubasse. Gritos e provocações eram destinadas, as principais para Marlos, que não conseguia correr para se dar bem na brincadeira. Mais tarde, o elenco foi separado em dois times para atividade técnica no campo inteiro e, no fim, como é rotina, chutou a gol.
"O Leão coloca aquecimentos bem animados, é bacana. Deixa todos alegres, felizes, um brincando com o outro. Precisamos disso aqui", contou Lucas, ainda sorrindo, logo depois do treino. "Ele inventa de pagar polichinelo, dar cambalhota, correr. É uma brincadeira de preparação para o treino principal", continuou.