"Tenho seis meses ainda. Espero colocar a minha cabeça no lugar, esfriá-la, curtir um pouco a minha família e voltar o mais profissional possível para ajudar o São Paulo a ser campeão no ano que vem. Vou voltar com os pés no chão para trabalhar e 2012 ser diferente", assegurou o camisa 15.
O jogador não gosta de citar muitos motivos para não ter correspondido às expectativas. Entre os problemas, se disse assustado com a troca de técnicos - foi comandado por Adilson Batista, Milton Cruz (interinamente) e Emerson Leão neste curto período, enquanto na Inglaterra só teve o francês Arséne Wenger como chefe em cinco anos.
Em campo, se viu desacostumado ao futebol brasileiro. "Houve problema de adaptação. Não tive pré-temporada no Arsenal, só duas semanas de treinamento. Acabei vindo para o Brasil e fui direto para o jogo, foi muito rápido. Mas não culpo isso. Tenho consciência dentro de mim de que posso ajudar muito o São Paulo ainda."
A prova de seu desajuste ao estilo de jogo no Brasil foram os três cartões vermelhos recebidos, que ele contesta. "Em pouco tempo no São Paulo, tive coisas negativas. Mas posso dizer que agora tenho um jogo para terminar o ano com dignidade e, independentemente de qualquer coisa, valeu a pena pelo aprendizado", analisou.
Com isso, Denilson avisa à torcida: pode esperar que ele honrará a camisa do clube que o revelou, nem que seja necessário prorrogar seu contrato. "Se for para renovar, renovo. Fico triste por ter voltado com o pensamento de ser campeão e não ter conseguido, mas tenho certeza que posso e vou ajudar na busca por um título a partir de janeiro. Quero conseguir algo no São Paulo. Não vim à toa", falou, firme.