Depois de errar muito ao longo de toda a temporada e, especialmente, no torneio nacional, o time do Morumbi precisará vencer o Santos, no domingo, em Mogi-Mirim, e ainda torcer contra Coritiba, Figueirense e Internacional, que duelarão contra Atlético-PR, Avaí e Grêmio, respectivamente, caso queria ficar com a última vaga na Taça Libertadores.
Assim, o desânimo são-paulino é escrachado nas palavras de seu líder e capitão Rogério Ceni. “Precisamos vencer e torcer por três milagres”, afirmou o camisa 1, logo após a derrota para o Palmeiras, por 1 a 0. E o goleiro tem razão. Segundo o site ‘Chance de Gol’, o Tricolor tem apenas 5,9% de chances de atingir uma vaga no torneio sul-americano, contra 60,9% dos paranaenses, 29,6% dos gaúchos, e 22,3% dos catarinenses.
A situação é tão delicada que até mesmo os cartolas, que sempre defendem o time com unhas e dentes e trabalham como ‘advogados’ de defesa, admitem que o pensamento são-paulino está em 2012. E mais, não se espantam com a baixa produtividade da equipe.
“Já estamos pensando em 2012”, garante o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista, que ainda prossegue. “Essa queda de rendimento não surpreende. Já aconteceu durante toda a temporada. Trouxemos reforços imaginando que a performance melhoraria e isso não ocorreu. Por isso a necessidade de ajustes”, atesta o cartola, fazendo a mea-culpa da diretoria para a péssima atuação do clube em todos os torneios que disputou no ano — eliminação na semifinal do Paulistão, nas quartas de final da Copa do Brasil, nas oitavas da Copa Sul-Americana e, até aqui, o 8º lugar no Brasileirão.
Mesmo com a visível falta de confiança de todos no elenco e no clube, o jovem Lucas, mais num ato de tentar passar uma situação positiva para a torcida do que acreditando de fato ser possível chegar à Libertadores de 2012, relembra que o São Paulo, conhecido como ‘Clube da Fé’ nos anos 30, quando passava sérios problemas financeiros e, mesmo assim, conseguiu sobreviver, para manter acesa a chama da equipe.

“Temos de lutar também. Enquanto houver chances, nós vamos atrás. Está difícil, mas não impossível. Temos de acreditar, pois o futebol é imprevisível. Tudo ainda pode acontecer e precisamos ter fé nesta classificação”, ressalta o camisa 7, sem muita convicção, assim como todos os são-paulinos.