“O problema do São Paulo não é o técnico e isso foi provado mais uma vez”, disse o diretor de futebol Adalberto Baptista após a derrota para o Palmeiras no Pacaembu. “Já estamos pensando em 2012. Mas a matemática nos dá alguma chance e ainda vamos esperar.”
A falta de opções no mercado e a longa experiência têm contado a favor de Leão, que no entanto ainda não ganhou respaldo total dos dirigentes. A classificação para a Libertadores seria a única forma de o técnico ganhar força absoluta no cargo. Em meio à indefinição, a diretoria ganha tempo.
Leão admite que estava angustiado nos 14 meses em que ficou desempregado até assumir o Tricolor. Por via das dúvidas, ele tem tentado ampliar sua presença no clube e já visitou o CT de Cotia, principal aposta do clube para revelar talentos.
No último sábado, véspera do clássico no Pacaembu, viu o time Sub-20 do Tricolor ganhar o Estadual. “Estive em Cotia e sábado estive em Mogi Mirim vendo a final do nosso time. Mas não consegui ver muita coisa além da chuva. Eu preciso estar próximo, porque faz parte da minha obrigação”, minimizou o técnico. “Se vou ficar? Ainda temos mais uma partida pela frente, respondo depois.” Sem multa, seu contrato se encerra em dezembro.
Tempo escasso
O retorno de Leão ao São Paulo foi uma aposta pessoal do presidente Juvenal Juvêncio, que terá a palavra final sobre sua permanência ou não. Há pouco mais de um mês no cargo, o técnico pouco conseguiu fazer para salvar a temporada do clube. Comandou o time em sete jogos, perdeu quatro e só conseguiu vencer os rebaixados América-MG e Avaí – mantém um aproveitamento de irrisórios 33%.
“Ele tem procurado encontrar soluções, mesmo com o tempo escasso. Isso tem de ser considerado”, defende o vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
No clube, Leão ainda conta com certo prestígio por causa de sua primeira passagem pelo clube, em 2004. Em setembro daquele ano ele pegou o São Paulo na sétima colocação do Brasileiro, e, após três meses e meio, chegou ao fim da competição em terceiro, com a vaga para a Libertadores garantida.
No ano seguinte, deixou o clube pouco depois de conquistar a Campeonato Paulista e ficou com a fama de ter montado o time que depois se tornaria campeão da Libertadores e do Mundial daquele ano. Entre suas apostas que deram certo estava a dupla de volantes formada por Josué e Mineiro.
