"Foi minha última partida pelo Brasileiro, mas não como jogador porque não vou parar no ano que vem. Não posso falar sobre a minha situação no São Paulo. Vamos aguardar a diretoria decidir", limitou-se a dizer o atleta de 39 anos, dando entrevista na saída do vestiário sobre os olhos de seu filho, de 17 anos, que atua no Mogi Mirim, clube em que o camisa 10 é proprietário.
O diretor de futebol Adalberto Baptista, único dirigente a aparecer na saída do Pacaembu depois do tropeço no Choque-Rei, preferiu não falar sobre o assunto "Não gosto de falar em despedida, nem em melancolia. Temos que tratar depois", esquivou-se.
A frustração fica com Emerson Leão, que já no clássico deste domingo conseguiu melhorar o time com a entrada do veterano no segundo tempo. "Para o craque que ele sempre foi, é altamente desagradável, ainda mais na idade dele. O pior é não fazer parte do grupo na última partida. Foi uma fatalidade, uma reação inesperada dele", lamentou o técnico.
"Não era isso que eu, como treinador do Rivaldo, pretendia para ele. Eu pretendia, nestas duas últimas partidas do ano, que ele entrasse e se sentisse bem nos 30 últimos minutos, com liberdade para fazer e se multiplicar em campo. Tenho um carinho muito especial por ele, sempre preparando e alimentando o desejo de jogar", continuou o comandante.
Rivaldo desperta interesse da Portuguesa, já foi procurado pelo Santa Cruz e pode também atuar no Mogi Mirim na próxima temporada. Ele completará 40 anos de idade em abril e quer diminuir a repercussão da expulsão em um clássico após se desentender com Gerley.
"Tenho muita coisa para mostrar, não posso deixar o que aconteceu hoje [domingo] como minha última imagem", disse, adotando o tom de despedida do Morumbi. "Faço um bom balanço da minha passagem. O Lucas e o Dagoberto são os artilheiros [do time no Brasileiro] com oito gols e venho depois, com cinco, mesmo na reserva."