Técnico promoveu paz durante treino
"Era o fósforo e a gasolina. Tirei o fósforo e afastei a gasolina. Alguns mandariam acender", falou o treinador, que, no intervalo do coletivo, fez com que ambos se abraçassem e recolocou Marlos como colega de Casemiro na segunda parte da atividade.
"Eles tiveram um desentendimento momentâneo, uma coisa que acontece até dentro dos nossos lares. O mais inteligente os aproxima e resolve o problema. Foi uma coisa tão simples que resolvemos com mais simplicidade ainda", enalteceu o comandante, confirmando que o camisa 11 usou palavrões ao discutir com Casemiro - depois, ainda retrucou com Leão antes de ser excluído.

"Fui obrigado a tomar uma atitude rápida, e foi mais rápida com quem estava perto de mim. [O Marlos] Saiu para esfriar a cabeça e voltou para o segundo tempo. Isso que é bom. A ofensa que é levada para casa que estraga. Mas já foi resolvido ali, tudo certo. Está tudo dominado", manteve-se sorrindo o treinador.
O lance de discórdia foi um conta-ataque que tinha só Rhodolfo no campo de defesa. Casemiro, em vez de lançar para Marlos, que estava livre, preferiu tentar encobrir Rogério Ceni, mas o chute, saído do círculo central, foi fraco demais, tanto que a bola chegou pingando à área. Marlos reclamou com o volante, respondeu Leão e saiu.
"A chamada de atenção de um para outro é normal. Você não vai pedir ?dá licença, quero te falar para não fazer isso', até porque a bola continua correndo. Acho válido. O excesso é que não podemos permitir", ensinou o chefe, que usa todos os casos em que atletas se falam em campo como parte de seu processo na busca por "vozes de liderança". "Continuarei estimulando. Quero mais", avisou.
Para Leão, a lembrança que fica do episódio é bem-humorada. Tanto que, enquanto os dois se abraçaram e apertaram as mãos, mas continuaram discutindo, Leão sorria muito. "Enquanto eles estavam rabugentos, fiquei dando risada. Para mim, já tinha resolvido o problema. Aí é com eles, que se resolvam. Faz parte", continuou alegre ao falar do assunto.