"Às vezes, uma palavra sem aumentar o volume é mais que uma bronca. E o silêncio, para mim, é maior que qualquer bronca. Fique dois dias sem falar com sua mulher, sendo você o culpado...", comparou Leão, abrindo um sorriso irônico.
O comandante já mostrou toda sua irritação logo após a vitória por 3 a 1 sobre o América-MG, jogo em que o camisa 7 levou cartão por fazer falta no meio-campo quando sua equipe já vencia por 3 a 0. Leão saiu do Morumbi cobrando que cada jogador estivesse ciente de sua importância. Particularmente, porém, não falou nada com Lucas.

Meia-atacante esperava, mas não ouviu nenhuma bronca de Leão pela suspensão: técnico crê que é pior
Com Luis Fabiano, ao menos, a estratégia de Leão conseguiu uma evolução. "Já melhorou, diminuiu a expulsão. Mas aumentou o amarelo", continuou exigindo o comandante, sempre lembrando que, apesar dos avisos, é cada vez mais comum o camisa 9 receber um cartão.
Se reclamar e ameaçar não adianta, o treinador coloca como estratégia que o centroavante adote a postura que a maioria dos atletas de sua posição tem. "Pedi ao Fabiano que, quando agredido com falta, passe a ser vítima, não agressor. Ele é um atacante, apanha mais, infelizmente", falou o chefe.
Complicado será convencer Luis Fabiano a mudar de estilo. Autor de quatro gols nas únicas duas vitórias do time nas últimas 12 rodadas do Brasileiro, o camisa 9 avisou que não deixará de ser "guerreiro" e se definiu à prova de expulsões como resposta à declaração de Leão de que "é goleador, mas às vezes te deixa na mão" por causa dos cartões.
Mais pacifico com a contratação mais cara da história do São Paulo, o técnico prefere ver o lado positivo da resposta. "O Fabiano também está feliz com a volta do Fabiano. Pensamos igual", brincou, prevendo que, ao menos colocando a bola nas redes, o ídolo sossegue. "Com o aumento dos gols, logicamente aumenta a tranquilidade e, com isso, o comportamento em relação ao adversário também."