Luis Fabiano demorou para estrear, demorou para embalar, mas agora, depois de quatro gols em dois jogos, o atacante diz sentir-se bem mais à vontade em campo. E se 2011 não tem sido do jeito que ele esperava, o são-paulino promete muito mais para a próxima temporada. "Acredito que 2012 vai ser um ano muito melhor. Vai ser um ano em que vamos conseguir conquistar os títulos. Eu já me sinto melhor e no ano que vem com certeza vou estar melhor ainda."
Para o atacante, o entrosamento com os colegas de time já está começando a aparecer. "A gente vai se conhecendo melhor." Mas ele lamenta que isso tenha acontecido só no final da temporada, com poucos jogos a serem disputados. E isso, segundo a própria avaliação do jogador, ocorre graças à demora dele para se recuperar de lesões - foram sete meses antes de estrear.
"Acho que se eu tivesse voltado antes já estaria jogando melhor há mais tempo. Quando voltei ainda sentia a minha perna um pouco presa e agora já não sinto mais. Queria ter voltado antes, mas infelizmente não consegui, é uma pena. Mas fico feliz que agora estou podendo voltar a ser o Luis Fabiano que todo mundo esperava que eu fosse ser."
A confiança que voltou para o Fabuloso com os quatro gols nos dois últimos jogos o faz acreditar que na próxima temporada, com uma preparação adequada desde o início, possa jogar em alto nível desde os primeiros jogos. "Faz quatro anos que não tenho uma pré-temporada e agora vou ter a oportunidade de fazer e me preparar direito."
Na mão. Mas se o Fabuloso está muito mais confiante, ainda falta a ele convencer Emerson Leão disso. O técnico do São Paulo anda na bronca com o atacante pelos cartões amarelos que recebeu, quase sempre por reclamação ou por uma falta no ataque que poderia ser evitada.
Ao analisar o recente desempenho de Luis Fabiano, Leão foi seco. "O Luis Fabiano é o Luis Fabiano. Ele faz gols, leva cartões e, algumas vezes, deixa você na mão. Tem que ficar atento com ele", alfinetou.

Foto: Edson Lopes Jr./Terra
Essa bronca de Leão serviu também para Lucas, suspenso do clássico por ter levado um cartão amarelo contra o América-MG também em jogada que poderia ter sido evitada. O treinador afirmou que não está pensando se vai continuar no cargo no ano que vem, mas que deseja finalizar o trabalho com o "dever cumprido". "Temos a pressão porque cometemos erros. E agora esses erros nos obrigam a trabalhar mais. É tudo culpa nossa."