A marca é atingida exatamente em um momento de sobrevida do volante de origem que também atua na lateral. Cobiçado por Cruzeiro e Grêmio, Jean, de 25 anos, tem a oportunidade de mostrar que ainda é o mesmo que, no primeiro semestre, ampliou seu vínculo com o Tricolor até 2016.
"Fico muito feliz de poder realizar 200 jogos em um clube como o São Paulo em tão pouco tempo. Espero ainda fazer muitas outras partidas com esta camisa", comemorou o atleta, que estreou no time profissional em clássico contra o Santos, em 2005, na Vila Belmiro. Desde então, 199 jogos, com 107 vitórias, 41 empates e 51 derrotas (61% de aproveitamento), e 11 gols.

Djalma Vassão/Gazeta Press
Volante de origem que também atua na lateral, Jean tem sobrevida no clube após saída de Adilson Batista
Pela segunda vez, Jean luta para sobreviver na equipe que o formou. Ele foi emprestado para Penafiel, de Portugal, e Marília antes de voltar em 2008 para se tornar peça fundamental do São Paulo campeão brasileiro naquele ano. Agora, o jogador, na equipe do Morumbi desde 2002, fala como um exemplo.
"O segredo é não ter segredo. Sempre tive vontade e simplicidade dentro de campo. O jogador sempre quer jogar e aprendi muito isso com o Rogério [Ceni]. Muitas vezes, quando você quer jogar, passa por cima daquela dor que poderia te deixar de fora. Até hoje tenho esta vontade de vestir a camisa do São Paulo, que é muito grande", discursou.
Em campo, porém, ele terá que mostrar evolução no aspecto que complicou sua temporada: as finalizações. Jean foi culpado por parte da torcida nas eliminações no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil devido a gols perdidos. E Adilson, acusado até pelo presidente Juvenal Juvêncio de ouvir demais as arquibancadas, o sacou.
No último jogo, contra o Atlético-PR, o camisa 2 voltou a perder uma oportunidade clara. Mas crê que, com sua história, nada mais o atrapalhará. "Temos que saber esperar o momento certo e ter paciência para, quando chegar a sua vez, saber aproveitar e estar bem preparado para superar as adversidades. Jamais deixar de ser profissional, de trabalhar. Eu era novo quando cheguei e não ia para os jogos. Quando comecei a ir, não parou mais", falou o jogador, que atuará no meio-campo neste fim de semana.