Felipão tem a vida financeira resolvida e pretende encerrar a carreira em poucos anos.
Se você estivesse na mesma situação, qual seria a sua motivação para continuar trabalhando?
A minha resposta é tão simples quanto óbvia:
Ganhar títulos importantes (Brasileirão e Libertadores)!
A digna ambição por vitórias e o carinho do comandante pelo Pàlmeiras são, hoje, conflitantes.
O dia-a-dia complicado nos bastidores da política palestrina e a necessidade da direção diminuir gastos enquanto os rivais devem aumentar o investimento em contratações são entraves para Scolari permanecer no Palestra.
Dentro do clube, há cartolas e outras pessoas influentes reclamando que os reforços indicados por ele não foram bons.
Dizem que o pentacampeão do mundo está ultrapassado.
Citam o maior adversário como exemplo.
“O problema não é só político e de dinheiro. Paulinho, Ralf e William custaram quanto para o Corinthians?”, me perguntou um deles.
Vale lembrar que Felipão não pretende retornar, ao menos neste momento, ao Rio Grande do Sul agora.
Ninguém sabe, nem ele mesmo, qual time vai dirigir na próxima temporada.
Palmeiras
Eu, no lugar da atual direção palmeirense, apostaria em Felipão.
Não liberaria o técnico sem o pagamento da multa de rescisão.
O presidente Arnaldo Tirone pensa da mesma maneira, mas sofre pressão para buscar Jorginho, técnico da Lusa, líder da segunda divisão, que conseguiu excelentes resultados nos 7 jogos em que comandou o Palmeiras antes de Muricy assumir a função.
São Paulo
O São Paulo não fez proposta recentemente para contar com Felipão.
O técnico recebeu uma oferta oficial do clube cerca de 6 meses antes de sair do Uzbequistão.
O português Jorge Mendes, agente do treinador, recusou o convite e agradeceu pelo mesmo depois de falar com Scolari.
No Morumbi há quem defenda o nome dele para técnico em 2012.
Avaliam que é capaz de mudar o comportamento do elenco. Torná-lo mais competitivo.
Só que essas pessoas não decidem o futuro do futebol são-paulino.
Como o presidente Juvenal Juvêncio respeita muito o treinador, gosta dele, a possibilidade, hoje distante não pode ser descartada.

Corinthians
Os cartolas do Corinthians demonstraram ao treinador, de maneira informal, o interesse em contar com ele.
Dificilmente Felipão aceitaria trabalhar no maior rival do Palmeiras.