Após duas eliminações no primeiro semestre que por pouco não culminaram em sua demissão, o técnico Carpegiani mudou de postura. Antes taxado de muito ofensivo, imprudente até, tem atuado na retranca.
O resultado é a liderança do Campeonato Brasileiro após três rodadas com 100% de aproveitamento, mas muito sofrimento.
Contra o Atlético-MG, na última quarta-feira, o Tricolor sofreu forte pressão que obrigou o goleiro Rogério Ceni a trabalhar mais do que estava acostumado. Foram sete defesas do capitão, segundo a parceria LANCE!/Footstats e uma bola no travessão. Resultado? 1 a 0 e a defesa são-paulina segue como a única invicta do Brasileiro até aqui.

Neste sentido, após a nova postura adotada por Carpegiani, principalmente nos jogos fora de casa, o número de defesas do Ceni cresceu. A média no Paulistão foi de 3,6 por partida, sendo de 4,3 no Nacional. Prova de muito sofrimento.
Contra o Galo, Carpegiani justificou o massacre sofrido no segundo tempo alegando que a equipe passou a não valorizar a posse de bola. O técnico também acenou com a possibilidade de voltar a um esquema mais ofensivo logo, como atuou em boa parte dos jogos desde que chegou.
– Estou me adaptando às características dos meus jogadores. Estamos utilizando um esquema diferente, mas espero a recuperação de alguns jogadores para ficarmos ainda mais ofensivos – disse o técnico.
Recuo com atletas
Não é só dentro de campo que Carpegiani tem adotado postura mais contida. Após a eliminação na Copa do Brasil, o técnico também mudou seu jeito de lidar com os jogadores. Segundo o LANCENET! apurou, Carpa tem conversado mais, procurado não ser tão rígido.
Antes, quando precisava anunciar o corte de algum atleta, ele era curto e grosso e isso incomodava os atletas. Avisado por um dirigente, passou a explicar as razões, conversar. Tem procurado melhorar e isso foi bem aceito pela cúpula. O técnico, que quase caiu, agora recuou.