Rogério Ceni e Fernando Prass chegam à reta final do campeonato como os únicos jogadores (entre todos os elencos das 20 equipes) que atuaram nos 3060 minutos já disputados em 34 rodadas.
Claro que comparar a representatividade de Rogério com a de Prass seria heresia. Fernando já teve boas passagens por Vila Nova e Coritiba, por exemplo, antes de brilhar em São Januário. Rogério criou-se no Morumbi e é a cara do São Paulo desde os anos 90.
Portanto, a façanha de ter um jogador disputando todas as partidas do Brasileiro é uma honra que são-paulinos e vascaínos podem almejar em 2010. Mas até nessa disputa há riscos. É que os dois goleiros acumulam dois cartões amarelos e seguem ameaçados de perder uma das rodadas restantes.
Outro ponto comum a São Paulo e Vasco é a campanha apenas regular das equipes neste Brasileirão. Em determinados momentos, deram esperanças de que poderiam lutar, se não pelo título, ao menos por uma vaga na Libertadores - chance que só o São Paulo ainda carrega, mas já muito remota.
O Tricolor esboçou boas sequências nas duas vezes em que trocou de treinador, com vitórias seguidas e a afirmação do garoto Lucas. Já o Vasco chegou até mesmo a ocupar o posto de melhor equipe do pós-Copa, mas acabou derrubado por sua própria mania de empatar demais - 15 vezes, no total.
LABORATÓRIO/ O técnico Paulo César Carpegiani não esconde já ter grande parte de sua atenção voltada para a montagem da equipe de 2011. Por isso, o final de 2010 começa a ser um período de observação para o gaúcho. Com a confirmação dos desfalques de Ricardo Oliveira e Rodrigo Souto - por problemas no joelho esquerdo e na costela, respectivamente - o treinador lança hoje mais um menino de Cotia entre os titulares. Zé Vitor, volante de 18 anos, vai fazer companhia a Carlinhos Paraíba à frente da zaga. A outra novidade é a presença de Jorge Wagner no meio-campo.
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