A torcida são-paulina, que tanto sofreu nesta quinta, vai comemorar hoje apenas o fim da passagem do técnico Ricardo Gomes pelo comando do Tricolor. O contrato do treinador acabou e não será renovado. O novo comandante tem tudo para ser Sérgio Soares, que levou o Santo André à decisão do Paulistão. Ele poderá ser apresentado nesta quarta, às 15h30, no CT da Barra Funda.
O São Paulo desta quinta teve coração, raça, honrou a sua camisa e venceu por 2 a 1, no Morumbi, mas entrará para a história como um time que fracassou na tentativa de passar para sua sétima final da Libertadores e quarta do Mundial de Clubes. Pelo quinto ano consecutivo, o Tricolor foi despachado por um rival brasileiro da competição continental.
Assim como em 2006, quando derrotou o Tricolor na decisão da Libertadores, o Inter foi algoz do tricampeão mundial. Os gaúchos, que venceram por 1 a 0 na semana passada, no Beira-Rio, terão como adversário o Chivas, do México, na próxima quarta-feira, em Guadalaraja, e no dia 18, em Porto Alegre.
Na única real chance de abrir o placar na primeira etapa, o único titular são-paulino que ainda não tinha marcado gol nesta temporada balançou as redes: Alex Silva, aos 30 minutos. Hernanes cobrou falta pelo lado direito e o goleiro Renan saiu de forma bisonha, deixando a bola livre para o beque completar de cabeça para o fundo das redes. A ironia é que Renan só foi inscrito na Libertadores após pressão da diretoria gaúcha para a CBF antecipar a janela de transferências de atletas vindos do exterior.
Ao deixar o gramado para o intervalo, o capitão Rogério Ceni demonstrou a sua convicção na classificação. "Eu tenho de chegar à final outra vez, e nós vamos chegar", afirmou o goleiro. Para desespero da nação tricolor, o ídolo estava errado.
Aos sete minutos da etapa final, o meia argentino D?Alessandro bateu falta e Alecsandro desviou de calcanhar, tirando qualquer chance de defesa de Rogério: 1 a 1. Foi dada a saída de bola e veio o segundo gol tricolor, um minuto depois. Mais uma vez, Renan saiu mal do gol e rebateu a bola nos pés de Ricardo Oliveira, que chutou no cantinho direito.
A vitória por 2 a 1 não servia para nada e o time de Ricardo Gomes, que não terá o seu contratado renovado, conseguiu ter mais posse de bola e dominar as ações. No entanto, falhou nas conclusões. Sem sorte, os 11 jogadores foram para frente nos minutos finais, inclusive Rogério Ceni. Mas não deu.