O futebol brasileiro dos anos 1990 foi um celeiro de talentos que se destacaram tanto no âmbito nacional quanto internacional. Um dos nomes que se sobressaiu nesse período foi o de Adriano Gerlin da Silva, revelado pelo Guarani. Desde jovem, Adriano começou a chamar a atenção e logo se viu comparado a Neto, outro ícone do clube de Campinas. Essa comparação se justifica pelas suas notáveis habilidades, incluindo a visão de jogo, um potente chute e a capacidade de decidir partidas.
O auge de sua carreira surgiu durante o Mundial Sub-20, onde marcou um gol memorável que repercutiu mundialmente, atraindo a atenção de clubes tanto no Brasil quanto no exterior. Esse momento parecia ser o prenúncio de uma trajetória repleta de conquistas. No entanto, a carreira de Adriano foi marcada por uma montanha-russa de altos e baixos. Seu temperamento forte e um estilo de vida considerado rebelde por treinadores e dirigentes influenciaram diversas decisões e suas passagens por clubes.
Adriano começou sua jornada no futebol europeu cedo, jogando no Neuchâtel Xamax, na Suíça, de 1992 a 1995. Após seu retorno ao Brasil, teve passagens pelo Botafogo, Juventude e América de Rio Preto até se transferir para o São Paulo em 1996. No Tricolor, viveu dois ciclos significativos: de 1996 a 1999 e de 2001 a 2003, durante os quais acumulou títulos e se destacou em momentos-chave como na final do Supercampeonato Paulista de 2002, onde anotou dois gols em um jogo memorável contra o Ituano.
Além do São Paulo, Adriano vestiu as camisas de clubes como Náutico, Atlético Mineiro, Sport, Bahia e CRB. No exterior, também jogou no Urawa Red Diamonds, no Japão, e no Pogon Szczecin, na Polônia, além de ter atuado no Atlético Nacional, na Colômbia. Sua versatilidade em campo permitia que ele navegasse entre o meio-campo e o ataque, facilitando sua adaptação a diferentes sistemas de jogo.
Em 2006, Adriano causou surpresa ao anunciar sua aposentadoria para assumir a presidência do Oeste Paulista, em Presidente Prudente-SP. Contudo, no mesmo ano, decidiu voltar a jogar após receber uma proposta do Atlético Nacional. Ele encerraria sua carreira profissional em 2009, após uma última passagem pelo Oeste Paulista, também conhecido como Grêmio Prudente, focando então na função de dirigente.
Após pendurar as chuteiras, Adriano se manteve próximo do futebol, especialmente em cargos de gestão relacionados à formação de atletas. Sua experiência adquirida ao longo de mais de 15 anos na carreira profissional o ajudou na sua transição de ex-jogador para dirigente. Atualmente, leva uma vida mais reservada, mas ainda acompanha o esporte, participando de eventos voltados para ex-jogadores e ações beneficentes.
Nas redes sociais, principalmente no Instagram, Adriano compartilha momentos pessoais, reencontros com antigos companheiros e homenagens a torcedores que fazem questão de lembrar sua trajetória. Apesar de não estar vinculado a clubes de grande porte, seu legado permanece vivo na memória dos torcedores do São Paulo e do Guarani, que recordam suas atuações marcantes e seu potencial técnico. O ex-meia também participa ocasionalmente de jogos comemorativos e mantém contato com ex-colegas do futebol, além de se envolver em iniciativas relacionadas ao desenvolvimento do esporte nas categorias de base.
Assim, Adriano mantém vivo o vínculo com o futebol que o projetou para o reconhecimento tanto nacional quanto internacional.
No futebol de hoje escolheria o time pra jogar...
Ele, Sandoval, Carlos Miguel e Souza (o Souza dos anos 90) eram meias de excelente qualidade, ofuscados pela quantidade de bons jogadores na posição nos anos 90. Hoje seriam destaques nesse futebol burocrático, caso tivessem a dinâmica que o futebol atual exige.
Hoje, seria titular do Flamengo. Na época, teve uma carreira bem menos luminosa do que prometia.
jogaria tranquilamente neste time atual pela técnica que tinha