A trajetória de Fábio Aurélio é um exemplo de talento e superação, marcada por uma combinação de habilidade técnica e inúmeras lesões que dificultaram a realização de todo o seu potencial no futebol. Revelado pelo São Paulo no fim da década de 1990, ele se destacou em sua carreira na Europa, com passagens memoráveis por clubes como Valencia e Liverpool, antes de retornar ao Brasil e encerrar sua jornada no Grêmio. Atualmente, Fábio se afastou do futebol profissional e vive uma vida tranquila em sua cidade natal, São Carlos.
Nascido em 24 de setembro de 1979, Fábio Aurélio começou sua trajetória no futebol ainda na infância, jogando nas escolinhas da prefeitura de São Carlos. Aos 10 anos, ele se juntou ao São Carlos Clube e, a partir de boas performances, recebeu um convite para testes no Rio Branco de Americana. No entanto, um chamado de última hora de seu padrinho o levou a ser avaliado pelo São Paulo, onde foi aprovado e começou a se formar nas categorias de base.
Fábio fez sua estreia como jogador profissional em 1997 e rapidamente se destacou como titular. Com um grande potencial técnico, bom passe e habilidade em cobranças de faltas, destacou-se no São Paulo, contribuindo para as vitórias do time nos Campeonatos Paulistas de 1998 e 2000. Suas atuações atraíram a atenção do futebol europeu, levando-o a se transferir para o Valencia, na Espanha, em 2000.
No Valencia, Fábio Aurélio viveu uma das melhores fases da sua carreira. Na sua primeira temporada, a equipe chegou à final da Liga dos Campeões da UEFA. Apesar de não ter jogado a decisão contra o Bayern de Munique, ele ajudou o time a conquistar La Liga na temporada 2001–02, encerrando um jejum de 31 anos. No entanto, sua trajetória na Espanha foi marcada também por lesões, como uma grave fratura na perna em 2003, que o afastou dos campos por um longo período.
Em 2006, após terminar sua ligação com o Valencia, Fábio Aurélio se transferiu para o Liverpool, tornando-se o primeiro brasileiro a jogar pelos Reds. A chegada ao clube foi uma nova oportunidade, com seu ex-técnico no Valencia, Rafa Benítez, o convocando. Sua estreia foi positiva, conquistando a Supercopa da Inglaterra, mas, como em sua passagem anterior, enfrentou problemas com lesões que prejudicaram sua regularidade. Mesmo assim, ele se tornou uma figura importante no clube britânico, atuando em mais de 130 jogos e marcando gols cruciais.
Após um período difícil em relação à sua saúde, Fábio foi liberado em 2010, mas voltou ao Liverpool a pedido do técnico Roy Hodgson, que enxergava nele um jogador experiente e confiável. Sua trajetória na equipe inglesa se encerrou na temporada 2011–12, quando decidiu retornar ao Brasil e se apresentar ao Grêmio, onde a expectativa era alta. Porém, logo após assinar, ele sofreu uma lesão grave no ligamento cruzado anterior do joelho durante um treino, o afastando por vários meses.
Apesar do retorno aos campos em abril de 2013, em uma partida contra o Cerâmica, a regularidade esperada não ocorreu. Com o término do contrato e a quantidade de jogos limitada, Fábio decidiu se aposentar aos 34 anos. Na esfera da Seleção Brasileira, destacou-se nas categorias de base, participando do Mundial Sub-20 em 1999 e nas Olimpíadas de Sydney em 2000. Contudo, sua única convocação para a seleção principal se deu em 2009, mas uma lesão impediu sua participação nos amistosos e, consequentemente, na Copa do Mundo de 2010.
Atualmente, Fábio Aurélio leva uma vida tranquila em São Carlos, onde se dedica à família e aos filhos. Além disso, atua como agente de jogadores através da NG Soccer, contribuindo para a nova geração do futebol. Sua carreira, embora marcada por lesões, é lembrada por seus talentos inegáveis e pelas conquistas no cenário esportivo internacional.
Muito bom jogador, lateral esquerdo. Naquela época, os dirigentes do clube vendiam bem os jogadores, agora, nas mãos do Casares, é a dinheiro de banana