São Paulo encerra cinco meses de 2025 com resultado negativo de R$ 30,5 milhões

Um levantamento sobre a situação financeira do São Paulo até maio de 2025 revela um quadro preocupante. Embora o clube tenha arrecadado R$ 352,6 milhões neste período, ainda assim acumulou um déficit de R$ 30,5 milhões, conforme anunciado pelo jornalista Alexandre Giesbrecht. Esse resultado evidencia um desequilíbrio estrutural nas contas do Tricolor, que permanece sem controle em suas despesas.

A arrecadação foi 15,9% superior ao que estava previsto no orçamento, mas esse ganho foi anulado pelos gastos, que aumentaram em 14,2%. O departamento de futebol foi o principal responsável por essa disparidade, gerando 76,8% da diferença entre receitas e despesas. Logo em seguida, os encargos financeiros, como juros e amortizações, se destacam como uma carga pesada nas finanças do clube.

A criação do FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), que foi inicialmente celebrada como uma solução financeira, não conseguiu barrar o aumento dos juros. Além disso, o clube contraiu novos empréstimos, somando R$ 34,9 milhões, o que indica que o endividamento continua em ascensão.

Mesmo desconsiderando os encargos financeiros, as despesas operacionais também mostraram crescimento, evidenciando a falta de controle orçamentário dentro do clube. Essa situação, que se repete em diferentes gestões, atrasa a recuperação econômica do São Paulo, que promete reestruturar seu modelo de gestão, mas a execução dessa promessa ainda está distante do ideal.

Além disso, o clube avança em uma parceria milionária com Marinakis para potencializar as atividades em Cotia. Os dados financeiros foram detalhados na edição nº 1.419 do boletim Anotações Tricolores, que abordou os principais pontos do balancete, como arrecadação por fontes, evolução da dívida e desempenho orçamentário. O São Paulo ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação.