LEMBRA DELE? Justiça apreende bens de ex-técnico do São Paulo por dívidas de R$ 20 milhões

A Justiça brasileira determinou a apreensão de diversos móveis pertencentes à mansão do ex-zagueiro e técnico Antônio Carlos Zago, que teve passagem pela seleção brasileira e por clubes como Palmeiras e São Paulo. Essa decisão foi motivada por dívidas acumuladas de Zago com um ex-amigo e procurador, João Assef.

Um caminhão foi designado pelo tribunal para retirar os bens, seguindo uma ordem emitida em abril para buscar os móveis em Presidente Prudente, cidade localizada no interior de São Paulo. Entre os itens trazidos à penhora, destacam-se pelo menos seis sofás, mesas, estantes, aparadores e até um bar de mogno. A imponente mansão de Zago, avaliada em mais de R$ 20 milhões, ocupa uma área total que abrange seis terrenos.

Os problemas financeiros de Antônio Carlos Zago são substanciais, totalizando quase R$ 20 milhões, considerando os juros, a partir de um débito inicial de cerca de R$ 8 milhões. Zago alega que sua relação com Assef, que cuidava de suas finanças, se complicou com transferências não autorizadas de imóveis e a assinatura de confissões de dívida que ele não compreendeu plenamente. Por outro lado, Assef refuta as acusações e afirma ser legítimo credor das dívidas e que pagou algumas obrigações do ex-jogador.

Em 2022, Zago já havia enfrentado ações judiciais que resultaram na penhora de itens simbólicos de sua carreira, incluindo a famosa Bola de Prata, reconhecimento por sua atuação como o melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro de 1993. O atual processo de apreensão refere-se especificamente ao pagamento de honorários advocatícios de Assef, que na atualidade soma cerca de R$ 600 mil, incluindo juros.

Apesar de ter sido contatado pela ESPN, Antônio Carlos não se manifestou sobre a situação. Em 2025, Zago passou a treinar o Botafogo da Paraíba, mas sua temporária passagem pelo clube foi encerrada com sua demissão, sendo que 30% de seu salário já estava penhorado em função das dívidas com Assef.