São Paulo enfrenta desafio na lateral direita em busca de soluções no mercado

O São Paulo Futebol Clube enfrenta uma carência conhecida na posição de lateral-direito, uma situação que se arrasta por mais de uma década. A busca por um jogador que possa atender essa necessidade se intensifica, principalmente após a saída de Igor Vinícius para o Santos, deixando Cédric Soares como a única opção do elenco. Cédric, que tem sido alvo de críticas, não conseguiu corresponder às expectativas, apresentando números pobres em termos de assistências e gols nesta temporada.

Até agora, em 26 partidas, o lateral português apenas contribuiu com uma assistência e não marcou nenhum gol. A falta de profundidade no ataque é um dos principais pontos negativos apontados por torcedores e analistas, especialmente considerando o sistema tático 3-5-2 implementado pelo técnico Hernán Crespo. Esse esquema requer que os laterais principalmente atuem como alas, indo além das funções defensivas tradicionais.

Historicamente, o São Paulo tentou diversas improvisações, utilizando zagueiros e volantes na lateral direita. Apesar de alguns jogadores terem feito um número considerável de partidas na posição, a maioria das tentativas falhou em agradar tanto os técnicos quanto a torcida. Éder Militão teve um breve, mas memorável, período na equipe antes de sua transferência para a Europa, enquanto outros nomes, como Raí Ramos e Orejuela, não conseguiram deixar um legado duradouro no clube.

Igor Vinícius, que se destacou por ter o maior número de jogos na posição nos últimos dez anos, acumulou 214 partidas, marcando sete gols e fornecendo 21 assistências. Sua trajetória, embora promissora, foi prejudicada por lesões que limitaram sua continuidade na equipe. Rafinha e Bruno também fazem parte do grupo de laterais que mais atuaram, com 117 e 118 jogos, respectivamente. Rafinha, em particular, se destacou como líder e capitão durante a conquista da Copa do Brasil em 2023, mesmo com números modestos em termos de gols e assistências.

Recentemente, o São Paulo contratou Daniel Alves, que, apesar de sua reputação e histórico de sucesso, atuou predominantemente no meio-campo, não resolvendo o problema da lateral direita. Essa insatisfação com o setor é um chamado para que a diretoria busque efetivamente um novo jogador que possa agregar valor e dinamismo, particularmente no aspecto ofensivo da equipe.