Gabriel Sara reflete sobre rejeição e como ganhou o apoio da torcida tricolor

São Paulo se prepara para o retorno do Brasileirão Betano. Com a pausa da competição nacional devido ao Mundial de Clubes da FIFA, o clube se mantém focado nos treinamentos, visando o reinício das competições, que está previsto para a segunda semana de julho. Além da Série A, o Tricolor também se dedica aos confrontos das oitavas de final da Copa Betano do Brasil e da Copa Libertadores.

A campanha do São Paulo no Brasileirão tem sido decepcionante, com apenas dois triunfos em 12 partidas, ocupando atualmente a 14ª posição na tabela, somando 12 pontos — apenas um a mais que o Internacional, que se encontra na zona de rebaixamento com 11 pontos. Fora de campo, o clube enfrenta críticas e cobranças, enquanto os atletas buscam reverter essa situação negativa.

O ex-jogador do clube, Gabriel Sara, compartilhou sua experiência de como superou críticas e se destacou na equipe. Criado nas categorias de base do São Paulo, Sara vive um bom momento no Galatasaray, da Turquia. Ele passou por dificuldades e teve uma relação instável com os torcedores no início de sua passagem pelo clube. As maiores críticas surgiram durante o Brasileirão de 2020, quando o técnico Fernando Diniz o promoveu a titular. Os torcedores eram céticos, com alguns afirmando que se ele era jogador, eles eram astronautas.

Apesar das vaias e desconfianças, Sara manteve a calma e lembrou dos conselhos do pai, que lhe dizia que futebol é uma questão de emoção. O jogador compreendeu que a paciência dos torcedores era um pedido por resultados em campo. A reviravolta na carreira de Sara aconteceu durante o empate em 2 a 2 contra o Santos, quando ele marcou seus dois primeiros gols como profissional, silenciando seus críticos.

Após essa atuação, Sara conquistou o carinho da torcida, que passou a chamá-lo de "Mohamed Sara", numa referência ao astro egípcio Mohamed Salah. Sara permaneceu no São Paulo até julho de 2022, quando foi vendido ao Norwich City, pela quantia de 10,5 milhões de euros. Dois anos depois, ele foi transferido para o Galatasaray por 23 milhões de euros, evidenciando sua valorização e evolução no cenário do futebol europeu.