FIM DA LINHA! Líder da Independente pedia demissões de Zubeldía e diretores no São Paulo

A crise interna no São Paulo F.C. ganhou novos contornos neste fim de semana com a publicação de uma carta aberta assinada por Baby, líder da Torcida Independente, a principal organizada do clube. Direcionada ao presidente Júlio Casares, a mensagem exigia mudanças radicais na gestão do departamento de futebol.

No início da carta, Baby não hesita em transmitir suas insatisfações: “A bola está com você, Casares. O CT da Barra Funda precisa de uma gestão 100% técnica.” Ele critica a influência de conselheiros e cartolas no futebol, defendendo que o clube não pode permitir mais interferências amadoras em um ambiente que deve ser totalmente profissionalizado.

Além disso, o líder da torcida cobra um posicionamento mais firme de Muricy Ramalho, que atualmente é assessor na diretoria de futebol. Ele afirmou: “Muricy? Ídolo que precisa ter atitude. E a melhor seria parar,” indicando que o ex-treinador não está desempenhando um papel eficaz na estrutura atual do clube. Outro aspecto destacado por Baby foram os problemas no departamento médico e na preparação física, com um alarmante número de lesões e demoras na recuperação dos atletas.

“Como o São Paulo pode ser o time que mais lesiona jogadores e que mais demora pra recuperá-los? Sanches, já deu,” afirmou, citando o coordenador do Reffis. Esse contexto levou a um estado de insatisfação crescente em relação ao técnico Luis Zubeldía, que, apesar de ter recebido apoio anteriormente, agora é visto como um dos principais alvos da revolta. “Zubeldía? Cara firmeza de caráter, mas que não consegue mais fazer o time jogar,” apontou Baby, enfatizando que, apesar das dificuldades estruturais, a responsabilidade pelos resultados também recai sobre o treinador.

Ao longo da carta, Baby faz questão de reconhecer os feitos positivos da atual gestão, como a conquista do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Contudo, ele alerta que esse legado pode se perder diante da crise. “Você sabe ser vencedor. Porém, coloca tudo a perder ao manter quem pode levar o São Paulo à Série B,” disse ele, unindo a ideia de sucesso passado com a necessidade urgente de ação no presente.

A parte final da carta é um ultimato: “Faltando cinco jogos pra não cair, não diga que não foi avisado, Júlio Casares. Demissão já de Zubeldía, Belmonte, Nelson e Chapecó. Contratação imediata de quatro jogadores cascudos para tentar salvar o ano,” exige Baby, que também afirma que o clube perdeu sua principal força: o apoio da torcida no Morumbi, responsabilizando diretamente a diretoria pela atual situação.