Caso Bobadilla: delegado apresenta detalhes da investigação e possíveis sanções

O delegado Rodrigo Correa Baptista, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), concedeu uma entrevista ao Lance! no Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo) para explicar os desdobramentos da investigação que envolve o jogador Bobadilla, do São Paulo. Ele foi acusado de xenofobia pelo atleta Miguel Navarro, do Talleres, durante uma partida da Libertadores realizada no dia 27, no Morumbi.

Navarro formalizou a acusação logo após a partida, alegando que Bobadilla o teria chamado de "venezuelano morto de fome". O caso está em apuração, e o delegado detalhou o que ocorreu durante o jogo. Segundo Baptista, além de Navarro, outros dois jogadores que estavam próximos também prestaram depoimento, mas Bobadilla ainda não se apresentou à autoridade.

“O incidente ocorreu por volta de 40 minutos do segundo tempo. Navarro se dirigiu ao árbitro para relatar a ofensa, mas este afirmou não ter ouvido nada e não pôde tomar nenhuma providência. O jogo foi paralisado por seis minutos, e, ao ser retomado, os jogadores foram ao vestiário”, explicou o delegado. Ele acrescentou que houve um atraso no processo que levou à chegada da polícia, permitindo que Bobadilla deixasse o local antes de ser abordado.

Rodrigo Baptista mencionou que não se pode concluir que o atleta tenha partido intencionalmente, mas é necessário ouvi-lo para entender sua versão. Ele também destacou a gravidade das acusações, que, se confirmadas, podem se configurar como injúria racial, um crime considerado grave e inafiançável, com pena que pode variar de dois a cinco anos de reclusão.

“A questão da discriminação pela origem nacional se enquadra na injúria racial. A xenofobia é um termo genérico; legalmente, é tratada como injúria racial”, enfatizou Baptista, que espera que o São Paulo colabore com a investigação. O clube se manifestou, declarando que repudia qualquer manifestação de discriminação e afirma que Bobadilla não havia apresentado comportamentos desse tipo anteriormente.

O delegado também falou sobre a interação da polícia com o clube, afirmando que a equipe de investigação foi bem recebida pelo São Paulo, mas até o momento não havia uma posição oficial encaminhada à delegacia. “Esperamos que o clube ajude o atleta, oferecendo apoio jurídico para que ele possa colaborar com a investigação”, concluiu.

Em resposta à situação, Bobadilla publicou um pedido de desculpas em suas redes sociais, explicando que a partida foi marcada por tensão e que sua reação não foi intencional. “Quero esclarecer que nunca tive a intenção de discriminar ninguém e, no calor do momento, reagi de forma inadequada. Peço desculpas publicamente e se houver oportunidade, pedirei desculpas pessoalmente ao Navarro”, afirmou o jogador.

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Comentários



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Seria melhor se tivesse dado um soco no cara! Daria menos problema. Antigamente, isso se resolvia com um pedido de desculpas e a outra parte entendia que se tratava de cabeça quente devido ao jogo. Quem joga pelada, que não vale nada, esquenta a cabeça quando tem uns folgado. Imagina em uma partida de libertadores, com casa cheia. Mas essa geração de jogadores vai está pronta pra isso. Preferem se fazer de coitados, chorar, sair do jogo e processar um colega de profissão. Vai entender

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