Torcida do São Paulo suspende recepção à delegação em protesto antes da Libertadores

A recepção do ônibus que transportou os torcedores do São Paulo, na última terça-feira (27), para o duelo contra o Talleres, pela sexta rodada da Copa Libertadores, não ocorreu conforme esperado. Este ano, nos jogos realizados no Morumbi pela competição continental, a tradicional recepção com fogos e sinalizadores tem se tornado um marco, respeitando os regulamentos da Conmebol. Tais celebrações costumam ser organizadas pelos torcedores organizados do clube tricolor.

No entanto, em resposta à recente derrota por 2 a 0 para o Mirassol, a festa foi boicotada como uma forma de protesto. A recepção dessa vez foi marcada por um clima morno, sem sinalizadores e sem a tradicional empolgação, com a delegação não sendo acompanhada até o estádio. Este ato de protesto já havia sido anunciado pela torcida Independente, a maior organizada do time.

Em um comunicado publicado nas redes sociais, a torcida expressou sua insatisfação, solicitando que não se cantassem os nomes dos jogadores durante a partida como uma retaliação. O amor pela equipe é incondicional, conforme declarado, mas com limites que não podem ser ultrapassados. A torcida denuncia uma falta de dedicação dos jogadores, apontando que eles agem de maneira inconsistente e parecem não se importar durante o Campeonato Brasileiro.

A mensagem foi clara: em protesto contra a falta de comprometimento, não haveria recepção à delegação na Libertadores, mas os torcedores estariam presentes no estádio para apoiar a equipe durante os 90 minutos da partida, embora sem celebrar individualmente os jogadores. As críticas se estenderam à administração do clube, com menções à complacência da comissão técnica e altos salários de dirigentes que não contribuem efetivamente.

Os torcedores expressaram a urgência de uma mudança, questionando a capacidade de gestão do clube e alertando sobre a crescente influência de grupos no contexto do futebol, mesmo em meio a tensões internas e rivalidades. A falta de respeito ao torcedor simples e a discriminação foram mencionadas, reforçando que as reivindicações por reconhecimento e respeito serão mantidas. A torcida que realmente sustenta e impulsiona o São Paulo não será ignorada, e as exigências por mudanças organizacionais e de foco por parte dos jogadores e diretores são claras.