Na última segunda-feira, dirigentes do São Paulo se encontraram com Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, horas antes do esperado sorteio dos grupos da Conmebol Libertadores. Durante a reunião, o presidente do clube, Julio Casares, acompanhado por membros da diretoria, expressou a necessidade de punições mais severas em casos de racismo no futebol.
Casares, que esteve na companhia do diretor de futebol Carlos Belmonte, do executivo de futebol Rui Costa e do diretor adjunto Nelson Ferreira, levou consigo uma camisa do São Paulo impressa com a campanha “Racismo = - 3 pontos”. Ele ressaltou a importância de se implementar punições esportivas eficazes e citou as diretrizes já estabelecidas pela CBF sobre o tema, defendendo que essas normas sejam estendidas à Conmebol e à FIFA. “Se um ato de racismo é filmado, deve haver uma penalização. O clube precisa ser responsabilizado. Estamos em busca de uma adesão cada vez maior a essa causa”, afirmou o presidente.
Antes do sorteio, Domínguez, em seu discurso em português, mencionou um caso recente de racismo envolvendo o atacante Luighi, do sub-20 do Palmeiras, que foi alvo de ofensas por torcedores do Cerro Porteño. O presidente da Conmebol reconheceu que as punições atuais, como a multa de US$ 50 mil e os portões fechados para o Cerro na Libertadores sub-20, “não têm sido suficientes” para prevenir incidentes racistas. Ele também anunciou a convocação de autoridades governamentais e associações sul-americanas para discutir essa problemática.
No entanto, sua fala teve um tom controverso ao utilizar uma analogia que gerou críticas entre outros dirigentes brasileiros, ao afirmar que a Libertadores sem clubes do Brasil seria “Tarzan sem a Chita”. Durante o sorteio, o São Paulo ficou alocado no Grupo C, ao lado de Libertad, do Paraguai, Talleres, da Argentina, e Allianz Lima, do Peru.
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