Luís Fabiano, um ícone do futebol brasileiro, se encontra em uma encruzilhada emocional ao se preparar para um jogo que envolve dois clubes que marcam sua história. Nesta quarta-feira, no Morumbi, ele testemunhará um embate especial entre o São Paulo, onde se tornou o terceiro maior artilheiro da história com 212 gols, e a Ponte Preta, a equipe do coração de seu avô, Ditão.
Em uma entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, o ex-atacante expressou seu dilema: “Eu tenho um carinho muito grande pela Ponte Preta. É um amor muito grande. Eu continuo frequentando os jogos até hoje. Mas também tenho uma identificação muito forte com o São Paulo, posso dizer até que é uma relação eterna.” Fabiano destacou a dificuldade de ter que torcer para um lado, principalmente quando ambos os clubes estão em campos opostos. “Eu acabo torcendo para um quando tem um lado que precisa mais da vitória”, acrescentou.
Para este confronto específico, a escolha de quem torcer parece clara para Luís Fabiano. Ele mencionou que, considerando a situação das equipes, “a Ponte precisa mais (o São Paulo já está classificado) e tem a possibilidade de eliminar o Palmeiras.” Se a Ponte Preta vencer e o Palmeiras não conseguir uma vitória contra o Botafogo-SP, no dia seguinte, a Macaca garantirá sua vaga e, ao mesmo tempo, poderá comprometer a classificação do eterno rival.
A trajetória de Luís Fabiano começou em Campinas, onde ele se destacou durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1998. A paixão pelo futebol nasceu em sua infância, e o atacante recordou que sempre esteve próximo dos estádios. “Eu joguei rapidamente no Guarani, fui para o Ituano e depois para a Ponte, que é o clube do coração da minha família e foi onde tudo começou na Copinha,” relembrou.
Após um sucesso inicial na Ponte Preta, onde marcou 26 gols em 70 jogos, ele atraiu a atenção de clubes europeus e acabou se transferindo para o Rennes, da França. Posteriormente, Luís Fabiano brilhou no São Paulo, onde deixou uma marca indelével, e no Sevilla, na Espanha, onde conquistou múltiplos títulos em sua carreira.
Fabiano também fez parte da seleção brasileira, participando da Copa do Mundo de 2010 e conquistando a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações de 2009. Hoje em dia, como torcedor, ele está otimista em relação ao futuro de ambos os clubes. “Esperamos que a Ponte Preta consiga um bom desempenho durante o ano inteiro e retorne à Série B,” disse, e também mencionou a esperança em um ano promissor para o São Paulo, apesar das oscilações recentes na equipe.