Quando terminou a quarta rodada do Paulistão, o São Paulo tinha só um ponto conquistado. Àquela altura, com um jogo a menos do que a maioria dos outros times, foi parar na zona de rebaixamento do estadual.
O time estreou com derrota para o Guarani, fora de casa, empatou no Morumbi com o Ituano e depois tomou um 4 a 3 do Red Bull Bragantino em Bragança Paulista.
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Os resultados, somados à lembrança da campanha no Brasileiro, em que brigou para não cair até a penúltima rodada, geraram pressão no Morumbi.
Antes do jogo seguinte, contra o Santo André, torcedores do São Paulo tomaram atitude diferente da comum em situações como aquela e tornaram público apoio a Rogério Ceni, que vivia ainda uma relação estremecida com parte da torcida, especialmente organizadas, por causa de declarações dadas enquanto treinou o Flamengo.
O São Paulo não jogou bem, mas foi apoiado, e conseguiu a primeira vitória no Paulista com um gol no fim. Rogério deu uma entrevista após o jogo em que expôs problemas estruturais do clube e amealhou ainda mais apoio. O time não perdeu mais.
Da zona de rebaixamento, o São Paulo agora mira tomar do Palmeiras a melhor campanha do Paulista na reta final da fase de grupos. O time de Abel Ferreira é o rival do jogo de quinta-feira, no Morumbi, pela quarta rodada do torneio. Não será simples, mas dá.
O São Paulo tem cinco vitórias e um empate nos últimos seis jogos no Paulista – mais um empate com o Campinense, pela Copa do Brasil.
Com 17 pontos, está a três do Palmeiras na classificação geral. Há, também, uma diferença de jogos: os tricolores já fizeram nove partidas, uma a mais do que os alviverdes. Entre eles, ainda há o Red Bull Bragantino, que tem 19 pontos, mas em dez jogos.
Se vencer o Palmeiras na próxima quinta, o São Paulo igualará o número de pontos do rival, mas dificilmente conseguirá tirar a diferença no saldo de gols (atualmente, de 11 a 5 para o rival). Depois, terá que torcer por tropeços do time de Abel Ferreira.
O Palmeiras, porém, terá uma sequência complicada de três clássicos seguidos: o São Paulo, quinta, o Santos, domingo, e o Corinthians, na quinta seguinte. Na última rodada, dia 20, encara o Bragantino em Bragança.
A sequência do São Paulo tem, além do Palmeiras, o Mirassol, dia 13, e o Botafogo, dia 20.
A melhor campanha na classificação geral pode ter função apenas simbólica, porém.
Nas quartas de final, o primeiro colocado de cada grupo enfrentará, em casa, o segundo colocado. Nas semifinais, essa vantagem dependerá do resultado das quartas.
O regulamento, como em anos anteriores, determina que os pontos continuam sendo somados no mata-mata para definir o mandante na semi e no jogo de volta das finais – o que significa que o líder geral na fase de grupos pode ser ultrapassado se avançar nos pênaltis, por exemplo.
Para o jogo contra o Palmeiras, o técnico Rogério Ceni indicou que pode, enfim, ter a volta de Luan e Patrick, que se recuperam de lesões musculares. Alisson e Igor Vinicius ainda não devem ter condições de jogo. Jandrei, isolado por Covid, também será desfalque. Nikão, que voltou aos treinos no final da semana passada, estará liberado.
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Os resultados vieram mesmo sem grande futebol contra times menores.
Já nos clássicos o time comeu a bola na vontade.
Agora a próxima rodada é briga direta pela melhor campanha.