Calleri durante São Paulo 1 x 1 Santos — Foto: Marcos Ribolli
O São Paulo jogou bem no empate em 1 a 1 com o Santos, na última quinta-feira, no Morumbi. Mostrou intensidade, conseguiu pressionar o adversário e até marcou um gol de pênalti com Calleri, mas só isso não basta no atual momento do clube. É preciso mais.

É preciso, principalmente, marcar mais gols. O time de Crespo não consegue definir as partidas e tem sofrido rodada após rodada com a parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro. A cada jogo, são mais chances desperdiçadas para a conta.

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Diante do Santos, o roteiro se repetiu. Depois de sofrer o gol com quatro minutos de jogo, a equipe de Hernán Crespo pressionou o rival e conseguiu chegar ao empate, aos 34 minutos, em pênalti convertido por Calleri. Foi o seu primeiro gol em seu retorno ao São Paulo.
Com a presença da torcida novamente nas arquibancadas do Morumbi, o Tricolor poderia aproveitar para sufocar o Santos e chegar rapidamente à virada. Mas a falta de capricho do ataque pesou, e o time ficou novamente no quase.
Ao todo, o São Paulo finalizou 12 vezes, sendo que sete delas foram em direção ao gol. O adversário, por exemplo, acertou apenas três chutes no gol dos seis que tentou durante o confronto.
A pouca objetividade na frente do gol tem custado caro à equipe de Crespo. Em entrevistas, tanto o treinador quanto a diretoria já deixaram claro que a meta no Brasileirão é conquistar uma vaga na próxima edição da Libertadores.
A missão para conseguir tal feito pode ser facilitada com a possibilidade de um G-9, o que significa que até o nono colocado do Campeonato Brasileiro conseguirá uma vaga no torneio continental. Neste momento, a diferença de pontos para o Fluminense, nono colocado, é de apenas três pontos (o Tricolor carioca soma 32 pontos).
Teoricamente a distância é pequena, mas o problema é que o São Paulo não tem demonstrado a objetividade necessária para engatar uma sequência de vitórias. Este foi o quarto empate seguido apresentando as mesmas dificuldades.
Em entrevista coletiva, Calleri admitiu que os atacantes estão devendo no Brasileirão, mas acredita em uma reviravolta.
– Soma-se pouco, verdade, mas não perde. Está faltando para nós, atacantes, um pouco mais. Com o que vimos hoje a equipe vai por mais, estamos todos juntos, como disse o Hernán. Acredito que vai dar certo – disse o jogador.
O Tricolor tem o segundo pior ataque do Brasileirão, com 20 gols marcados. Ele divide esse posto com Ceará, Atlético-GO, Grêmio e Chapecoense. O Sport é o pior, com 13 gols. Com um ataque com nomes como os de Calleri, Rigoni e Luciano, o São Paulo não pode estar nesse grupo.
Mas se há algo de positivo a se tirar do jogo contra o Santos é a intensidade. Se alinhar a vontade dos jogadores com o acerto na pontaria na frente do gol, o São Paulo tem a chance de ascender rapidamente no Brasileirão.

A próxima oportunidade da equipe se livrar dessa maré de empates será na próxima segunda-feira, às 20h, diante do Cuiabá, fora de casa. Até lá, Crespo poderá trabalhar o ataque e, quem sabe, passar a olhar só para a parte de cima da tabela do Brasileirão.
Time, São Paulo, joga, suficiente