A partida válida pela última rodada do Campeonato Paulista, entre São Caetano e São Paulo, deverá ser realizada em Presidente Prudente, interior de São Paulo. A prefeitura da cidade já dá como certo o acordo com o Azulão, mandante do jogo. Por meio da assessoria de imprensa, o presidente Nairo Ferreira de Souza informou que as negociações estão bem adiantadas.
O São Caetano, que costuma receber públicos pífios no Anacleto Campanella, vê o confronto como uma oportunidade de lucrar. Quase a totalidade dos ingressos seriam colocados à venda para torcedores do São Paulo, que não veem a equipe em Prudente desde setembro de 2006, na derrota por 3 a 1 para o Palmeiras.
A diretoria tricolor, entretanto, está indignada com a possível modificação da partida do próximo dia 5 de abril, já que no dia 9, recebe o Defensor Sporting (URU) pela Copa Libertadores, prioridade do clube.
- Não temos o menor interesse de jogar em Prudente. Caso isso se confirme, e se já estivermos classificados, iremos para lá com um time juvenil. O estádio é muito longe, a logística para se jogar lá é muito ruim e nosso foco é a Libertadores – disparou o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes.
O São Paulo enxerga a modificação como mais um ato da Federação Paulista de Futebol para prejudicar a equipe. Após o polêmico episódio envolvendo o árbitro Wagner Tardelli, que acarretou na suspensão do presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, por 90 dias, clube e entidade já se envolveram em pequenas polêmicas, como a tentativa de veto a Rogério Ceni na abertura do Paulistão, e reclamações sobre os horários dos jogos no Morumbi. O Tricolor reclama das excessivas partidas às 21h45 de quintas-feiras.
- Se o São Caetano tomar esse caminho sem consultar o São Paulo, isso certamente vai gerar um estremecimento em nossa relação com eles, que é boa. Não acredito que o São Caetano fará isso – completou Lopes.
Presidente Prudente está localizada a cerca de 550 quilômetros da capital paulista e foi palco do primeiro gol do atacante Ronaldo com a camisa do Corinthians, no clássico diante do Palmeiras. Também foi numa casa noturna da cidade que o Fenômeno se envolveu na polêmica com o então diretor Antônio Carlos, que pediu demissão na semana seguinte.