Recentemente, a Folha de São Paulo publicou uma mudança que aconteceria no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, que ficou popularmente conhecido como Profut. A ideia do programa é de renegociar as dívidas tributárias com o governo, além de criar dispositivos legais que garantissem uma gestão profissional e responsável dos clubes.
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A lei que criou o Profut, programa responsável por permitir clubes refinanciarem suas dívidas com a União, determina que a partir de 2019 as agremiações apresentem déficits de no máximo 5% em relação à receita bruta obtida no ano anterior. Isso significa que o São Paulo não pode ficar no vermelho em mais de cerca de R$ 20,5 milhões ao fim desse ano. Se isso acontecer, o clube perde o direito aos parcelamentos obtidos.
O que o Profut estabeleceu:
QUEM PODE COMPETIR
Clubes só estariam habilitados a disputar campeonatos oficiais caso pagassem seus impostos, salários e FGTS de seus funcionários e os direitos de imagem dos atletas.
ACESSO E REBAIXAMENTO
Clubes sem responsabilidade financeira seriam rebaixados e substituídos pelos melhores colocados da divisão inferior, desde que estes também comprovassem estar em dia com os pagamentos.
COMPROVAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Os clubes devem provar que cumpriram com todos os seus vencimentos por meio de Certidões Negativas de Débito, expedidas pelo governo.
O São Paulo estava otimista em relação a faturar ao menos R$ 80 milhões com a venda de jogadores até o dia 31 de dezembro do ano passado. A diretoria acredita que o déficit em 2019 poderia cair para R$ 100 milhões. Nas contas da diretoria, desse total, cerca de R$ 80 milhões precisam ser pagos em parcelas nos próximos anos por conta de acordos judiciais, alguns feitos também por outros clubes. O São Paulo entende que esse valor não pode entrar no déficit estipulado na lei por não ser operacional.
Se esses R$ 80 milhões forem descontados, sobraria um déficit operacional de R$ 20 milhões, número que não fere as regras do Profut no caso tricolor. Isso se a meta estipulada com arrecadação com a venda de direitos de atletas fosse alcançada.
O São Paulo ainda não conseguiu vender ninguém para fazer caixa e tentar sair da dívida. Pelo contrário, o tricolor gastou dinheiro, que era necessário, para manter Tiago Volpi, Vitor Bueno e Igor Vinicius no elenco. Ainda recusou ofertas de mais de R$80 milhões de reais pelo garoto Antony, o maior alvo dos clubes europeus nessa janela, o tricolor acredita que pode conseguir uma boa quantia pela maior promessa do clube atualmente. E em vez de vender jogadores, está emprestando seus atletas para outros clubes onde divide o pagamento do salário. O São Paulo não se movimentou praticamente para tentar sair da ameaça do Profut.
Caso tudo isso aconteça, o São Paulo pretende procurar os responsáveis pela fiscalização do Profut para explicar suas contas. A ideia é apresentar o entendimento de que os valores referentes a acordos judiciais não podem entrar no cálculo por não fazerem parte do resultado operacional do exercício e por serem dívidas antigas, referentes a outros anos. Além disso, não serão pagas totalmente em 2019, apesar de serem lançadas no balanço deste ano. Os cálculos feitos pela direção são-paulina só reforçam a importância de negociar jogadores antes de dezembro terminar.
Profut, milhões, São Paulo, 2020
Esse leco que ta roubando do sao paulo