A briga política entre São Paulo e a Federação Paulista de Futebol (FPF) após a denúncia realizada no caso de tentativa de suborno do árbitro Wagner Tardelli no Brasileirão continua. Mas a intransigência quanto a atuação do time no próximo paulistão, não. Nesta terça-feira, a diretoria tricolor confirmou o uso de titulares na competição.
“Vamos adotar uma posição de respeito aos patrocinadores do São Paulo e do Campeonato Paulista, às emissoras de TV que transmitem os jogos e à nossa torcida. Entrar em um campeonato para não brigar pelo título não é a expectativa dos nossos torcedores”, afirmou o diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, à Rádio Bandeirantes.
Desta forma, pelo menos até a estréia tricolor na fase de grupos da Copa Libertadores, marcada para 18 de fevereiro, com adversário ainda indefinido, os titulares de Muricy Ramalho deverão atuar no Estadual. “A nossa briga política é com a Federação, e essa não seria a forma adequada de atingir a atual gestão”, completou João Paulo de Jesus Lopes.
A polêmica na última rodada do Brasileirão, antes da conquista do hexacampeonato pelo São Paulo, e a confirmação que a denúncia partiu da FPF fez o time do Morumbi romper oficialmente com a Federação. Apesar de a questão parecer encerrada, ainda há dirigente apoiando a utilização de reservas.
“Sou a favor dos titulares entrarem aos poucos para uma pré-temporada com menor riscos de lesões. Você coloca no começo os jogadores aspirantes, que buscam alguma coisa na vida, e guarda os profissionais para a fase mais aguda do Paulista”, disse o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha à Rádio Jovem Pan nesta segunda-feira, seguindo a opinião manifestada anteriormente pelo presidente Juvenal Juvêncio.