Entenda a morte do torcedor são-paulino

Nilton César foi atingido na cabeça antes do jogo entre São Paulo e Goiás

Fonte Lance!

Por Thiago dos Reis

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O torcedor do São Paulo Nilton César de Jesus, 26 anos, que foi atingido por um tiro na cabeça minutos antes da partida na qual o seu clube sagrou-se campeão, só queria ver o jogo, voltar para São Paulo e comemorar a vitória em festas que já havia deixado agendadas na capital paulista.

Nas imagens da TV Record, exaustivamente repetidas nos último dias, Nilton aparece no meio da torcida que está atirando pedras contra torcedores do Goiás, mas em nenhum momento ele é visto com pedras ou tentando agredir alguém. Pelo contrário, o torcedor surge ao lado de um outro membro da torcida que joga uma pedra e corre para a direção do local onde estava a torcida de Goiás.

Nilton César, no entanto, correu em direção a uma escadaria lateral do estádio e deu de cara com o sargento José Luiz, que deixou sua motocicleta encostada próxima ao local para cumprir o seu dever, de debelar o tumulto e proteger os torcedores. Nilton foi perseguido por José Luiz até o muro do estádio e quando se viu acuado levantou os dois braços em sinal de rendição.

Depois do episódio Nilton recebeu os primeiros socorros no hospital no Gama e, devido à gravidade do ferimento, foi transferido de helicóptero para o Hospital de Base, onde foi internado na UTI, local em que recebeu tratamento médico até a manhã desta quinta-feira, quando faleceu.

Enquanto Nilton César vivia o seu calvário, o sargento José Luiz foi preso e permaneceu na carceragem da Polícia Militar do Distrito Federal por um dia, quando foi liberado pela Justiça Militar e responderia em liberdade ao processo de Lesão Corporal Grave que passa a ser Lesão Corporal Grave Seguida de Morte. Existe a possibilidade do crime deixar de ser culposo e passar a ser considerado doloso. Ou seja, modalidade em que fica comprovada a intenção de matar a vítima.

Na entrevista coletiva dos médicos que acompanharam Nilton César na UTI dos Hospital de Base, os médicos afirmaram que a bala que atingiu o torcedor não transfixou o seu cérebro, teria pego de raspão e saído na altura da orelha. Neste caso, o golpe que teria ocasionado a morte do rapaz seria a pancada com a coronha da pistola do sargento José Luiz Barreto.

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