O cantor Dexter esteve nas "peladas" de fim de ano em São José dos Campos, na partida beneficente que envolveu os amigos de Cafu. Brincalhão, ele perde o sorriso para falar do momento mais difícil que passou na vida. Foi preso após cometer um roubo. E buscou forças na música, no seu talento em compor e no São Paulo Futebol Clube. Em 2005, o São Paulo se tornou tricampeão mundial, após vencer o Liverpool. E ele comenta que viu o título na cadeia.
– Estava na cadeia. Não gosto do termo preso, prefiro exilado. Torço para o São Paulo desde 1983, 1984. E lembro que comemorei o Mundial de 2005 de dentro da cela. Foi uma grande emoção, cara. Rogério Ceni fez baitas defesas e o Mineiro nos salvou também. Foi emocionante – relembra.
Dexter gosta de jogadores raçudos. E ele analisa que no atual elenco do São Paulo isso não existe. A sua inspiração é Careca, jogador que defendeu o clube do Morumbi por quatro anos (1983 a 1987).
– Careca é monstro. Jogava muito. Hoje falta raça ao São Paulo. Quando assisto aos jogos, dá vontade de entrar pela TV, invadir o campo para mostrar vontade, entrega. Espero que em 2016 isso mude, que os novos jogadores tenham mais amor ao clube, à camisa – afirmou.
Dexter se recorda da goleada que o Tricolor sofreu para o Corinthians, no Campeonato Brasileiro do ano passado. Na Arena Corinthians, o Timão aplicou 6 a 1. Para ele, ali se refletiu em campo a crise política.
– Aquele dia se refletiu no campo a crise política que a gente tá passando, esse momento de transição. Fizemos um bom primeiro tempo, mas depois caímos no ritmo. Aí o Corinthians aproveitou e foi melhor. Atuação como aquela não pode se repetir nunca – observou.
O cantor tem planos para homenagear um ídolo que fez história no clube. Ele prefere manter o suspense. Uma música já está em andamento e pode ser lançada no ano que vem.
– Eu já tinha esse plano há um tempo e decidi colocar em prática. Está quase pronta essa música. É para um grande ídolo que jogou no clube. Não posso revelar o nome, mas posso dizer que esse cara tem muito talento, escreveu uma grande história no clube. E se tivesse mais jogadores iguais a ele, o mundo seria melhor – falou.