Foto: Agência AFP
No dia 13 de dezembro de 1992, o São Paulo derrotou o Barcelona por 2 a 1, com dois gols de Raí, e conquistou o primeiro título intercontinental de sua história. O bom futebol apresentado pela equipe tricolor, treinada por Telê Santana sobre o Barça, de Cruyff, foi muito destacado nos jornais brasileiros. A "Gazeta Esportiva" estampou a manchete: "O Melhor Futebol do Mundo". Para relembrar o primeiro título mundial, o "Redação SporTV" traz a narração de Osmar Santos, da Rádio Globo (SP), para os dois gols do camisa 10 Tricolor.
- Dá-lhe Tricolor, vai para área. Invadiu tentou o drible. O zagueiro correu mais que ele. Linda finta, Müller pro gol, vai entrando. Gooooooooooooollllllllll... Raiiiií... golaaaaaço... É do Tricolor... Müller fantástico, Müller, Müller, Müller. Müller driblou entornou a espinha do zagueiro ferrer. Müller quebrou a espinha do zagueiro sérvio. Eu disse que ia marcar, eu disse. Que drible. Entortou a espinha. Leva o Ferrer para o hospital. Leva, porque ele quebrou a espinha do zagueiro. Entortou a espinha do zagueiro Ferrer. Cruzou para Raí marcar o golaço de empate. O empate é tricolor. Banzai São Paulo - narrou, após Müller tocar para Raí empatar, aos 27 minutos do primeiro tempo.

Antes do camisa 10 do São Paulo empatar, Stoichkov abriu o placar, com um golaço no ângulo de Zetti, aos 11 minutos da primeira etapa. A virada surgiu de um falta cobrada de forma ensaiada, aos 34 minutos do segundo tempo.
- Capricha, Garotinho, capricha. Rolou para Cafú, pra Raí, pro gooool... Eeeee que goooooooollllllllll... Golaço.. golaço.. Raaaaiiií. Cracaço. Pode ser o gol do título. Trinta e quatro, etapa complementar. Raí, Raí, Raí levanta o estádio Nacional de Tóquio. Raí, Cafu, Raí, Cafu ajeitou, Raí no ângulo. Indefensável. Zubizarreta ficou estático no centro do gol. Estático no centro do gol. É gooooolllll do Brasil. É gol brasileiro para o japonês curtir, para o mundo verrrrr... Raaaaaiiií... Raí golaaaaço. Pode ser o gol do título. Boa, garoto.

FICHA TÉCNICA:
São Paulo: Zetti, Vitor, Adilson, Ronaldão e Ronaldo Luis; Toninho Cerezo (Dinho), Pintado e Raí; Cafu, Palhinha e Müller. Técnico: Telê Santana
Barcelona: Zubizarreta, Ferrer, Koeman, Guardiola e Euzébio; Bakero (Goicoechéa), Amor, Witschge e Beguiristiain (Nadal); Stoichkov e Laudrup. Técnico: Johann Cruyff.