Helena: O Tricolor e o cinza
Fonte Alberto Helena Jr
Tenho criticado o jeito de jogar do São Paulo ao longo de toda esta temporada, e alguns leitores interpretam isso como um ataque frontal a Muricy e seus três zagueiros.
Sim, porque as pessoas, em geral, vêem o futebol, como, de resto a vida, em branco ou preto. Ou está a meu favor, ou contra mim. Ou é amigo, ou inimigo. É isto ou aquilo.
Desprezam, assim, o cinza, onde o branco e o preto se fundem e se equilibram em vários matizes. E é essa zona cinzenta que domina o espectro do futebol e da vida. O preto e o branco, o certo e o errado, ocupam dois filetes nas extremidades, de alcance raro e impreciso, diga-se.
Filosofices à parte, quero reafirmar que nem sou absolutamente contra a presença de três zagueiros, em determinadas circunstâncias, nem abomino o técnico Muricy. Neste caso, muito ao contrário: ele e eu sabemos que lhe devoto admiração, respeito e uma dose extra de amizade mesmo, como ex-craque e técnico, nestes trinta anos de cordial relacionamento.
À época em que Muricy trocou as chuteiras pela batuta de treinador iniciante, escrevi – portanto, não são palavras ao vento – que nascia naquele momento a maior vocação de técnico de futebol de sua geração. E, nestes anos todos, só fiz reafirmar essa visão. E Muricy me fez o favor de comprovar, com seu trabalho, meu arroubo.
Tudo isso não me impede de discordar dele quando acho que errou, sob minha ótica, claro, o que não quer dizer que a verdade esteja comigo e não com ele (vide a história do cinza).
A mesma visão
Aliás, se o amigo coletar todas as entrevistas de Muricy, constatará que ele diz exatamente o que tenho dito: o São Paulo passou a maior parte desta temporada jogando mal. Ganhava, perdia, empatava, mas jogava mal. E, mesmo agora, quando está na liderança do torneio, com todas as chances de empalmar o tri, algo inédito na história do clube e do Brasileirão, Muricy não perde o foco: o time melhorou, sim, muito, diga-se, mas nada próximo do futebol que ele gostaria que entrasse em campo.
E por quê? Porque o São Paulo, como de resto a imensa maioria dos times brasileiros, não tem um 8 e um 10 – meias – de alta categoria.
Isso o força a armar seu time sob o signo da competitividade, quase exclusivamente.
E, se é forçado a se utilizar do sistema com três zagueiros no time titular, já deu duas duras no pessoal de Cotia (a escolinha tricolor), exigindo que as categorias de base joguem com apenas dois zagueiros e que busquem mais meias do que volantes, para que ele possa, no futuro, mudar o estilo de sua equipe principal.
Dito isso, que considerava essencial, vale perscrutar as razões que levaram o São Paulo à liderança e as possibilidades de chegar ao título, a partir daí.
Em suma, chegou porque é extremamente competitivo, cada jogador sabe o que fazer em campo e, desde que se desdobre no cumprimento de seu papel, as chances de alcançar o resultado crescem muito, na medida em que se trata de um elenco experiente, apesar das jovens promessas, como o volante Jean, por exemplo, forjado em decisões. E pode chegar ao título um ponto acima dos demais quatro competidores mais renhidos pelas mesmas razões.
Mas, neste campeonato, ainda caminhamos naquela zona cinzenta que as pessoas desprezam mas que o futebol abraça como a vida.
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