Ilsinho em sua segunda passagem pelo São Paulo
Se algumas frases marcam para sempre a carreira de um jogador, Ilsinho é autor de uma delas. Há três anos desde o retorno ao futebol ucraniano, o lateral-direito - que também atua como meio-campista no Shakhtar Donetsk - ainda é lembrado por comparar o Palmeiras com um Titanic, transatlântico que naufragou em 1912. Em entrevista exclusiva ao iG, o jogador que está prestes a ser pai pela segunda vez relembra o episódio e revela não ter o desejo de voltar ao Brasil.
Pouco mais de oito anos desde a declaração polêmica, Ilsinho ainda é questionado pela entrevista dada quando se transferiu para o São Paulo em 2006. Revelado pelo Palmeiras, o jovem com então 21 anos pulou o muro e foi jogar no rival depois de não ter o contrato renovado pela diretoria alviverde, que chegou a negar um reajuste salarial ao atleta. Hoje, mais experiente, o lateral reconhece o erro.
“Eu era novo e estava magoado. Mas me interpretaram mal. Fiquei dez anos no Palmeiras e acabei não renovando, então a mágoa existia. Era fim de ano, estávamos empolgados e dei um exemplo de uma situação momentânea e aconteceu tudo isso. Mas eu era um garoto. Tomei bronca do meu pai pela declaração e peço desculpas”, relembrou ele.
Para ele, o Palmeiras deixou lucrar com muitos atletas que na época jogavam com ele. “É difícil falar. O Palmeiras tinha bons jogadores como o Correia (volante), Elias (hoje no Corinthians), David Braz e Willian. São jogadores excepcionais que estavam jogando por aí. O Palmeiras não deu oportunidade e deixou de ganhar com eles, e o São Paulo aproveitou da melhor maneira”, completou.
Com contrato até junho com Shakhtar Donetsk, Ilsinho se desvalorizou no mercado e hoje vale cinco vezes menos do que a primeira vez que foi vendido aos ucranianos. Segundo o Transfermarkt, as transações envolvendo o lateral caíram mais de R$ 30 milhões e agora o jogador tem valor de mercado estipulado em R$ 14 milhões. Motivo para voltar ao Brasil? Não para ele, que abre portas até para a MLS, liga de futebol dos Estados Unidos.
“Eu sempre acreditei na oportunidade. Quando surge uma ou duas vezes uma proposta tem de aproveitar. Eu nunca pensei em recusar a proposta do Shakhtar, porque foi muito bom para mim. Financeiramente e profissionalmente também foi muito bom. Fui campeão da Copa Uefa e acredito que tenho mercado. Não vou dizer que não quero voltar para o futebol brasileiro, mas eu gostaria de tentar alguma coisa na Europa ou Estados Unidos. Se surgir uma oferta boa, por que não?”, falou.
Ilsinho retornou ao Shakhtar Donetsk em julho de 2012 após passagem pelo Internacional. A volta aconteceu depois de uma disputa judicial entre o clube e o jogador, que alegava não ter conhecimento da cláusula de renovação automática no contrato. Ele perdeu a ação que movia. “Era um acordo que não passou por mim. Quando eu fiquei sabendo, eu recusei. Aí saiu a decisão e eu teria de pagar R$ 4 milhões, tinha o acordo para eu voltar e resolvi voltar. Se eu tivesse o conhecimento daquela cláusula, eu ficaria sem problema nenhum”, explicou. “Hoje eu considero mais lá (Ucrânia) a minha casa do que aqui no Brasil”, respondeu.
Em boa fase, o ex-são-paulino se tornou um jogador versátil para o time. Além de jogar na posição de origem, ele também atua como meia e não recusa nenhuma ordem. “Com a saída do Fernandinho, acabaram me improvisando em outras funções, seja de volante ou como um meia mais ofensivo. Eu, particularmente, gosto de jogar mais avançado. Tenho mais prazer, mas não recuso atuar em nenhuma posição”, encerrou.
Ilsinho Ex-jogador do São Paulo convive com rótulo de quase uma década e faz pé de meia na Ucrânia
Lateral do Shakhtar Donetsk está com contrato próximo do fim e abre portas para futebol nos EUA. Ex-jogador do São Paulo, Internacional e Palmeiras relembra declaração polêmica
Fonte IG
2 de Fevereiro de 2015
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