Muricy lamenta ausência de um matador, mas valoriza esquema do ataque solidário

Embora admita falta de goleador, técnico são-paulino afirma que procura não se importar com quem está garantindo as vitórias do time no Brasileiro

Fonte Globo Esporte

Por Thiago dos Reis

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Com 47 gols em 29 jogos, o São Paulo se notabiliza nesta edição do Campeonato Brasileiro como o melhor ataque da competição, com um tento a mais que Grêmio e Palmeiras, atuais líderes do torneio. Mas apesar da fartura de bolas nas redes adversárias, o elenco tricolor carece de um matador em campo.



- É bom ter um artilheiro. Acontece que a gente não tem um nato. Faz falta, mas como não temos um homem na área para fazer sempre os gols, eu trabalho para os que chegam de trás ficarem mais próximos para marcarem também - analisa o técnico Muricy Ramalho, que vê o meia Hugo como seu maior matador, com 10 gols.



No jogo contra o Ipatinga, há duas rodadas, Hugo chegou a aturar como um segundo atacante, pois Muricy não pôde contar com Dagoberto, suspenso. Mesmo optando por um esquema teoricamente mais defensivo, com três volantes, o time venceu os mineiros por 3 a 1.



- As pessoas acham que isso é ser defensivo, mas na verdade eu tive dois volantes (Jean e Hernanes) que passam muito bem a bola e jogaram como meias - ressalta o técnico são-paulino.



Os 47 gols do são Paulo estão distribuídos entre 15 atletas. Depois de Hugo, o jogador que mais marcou pelo Tricolor foi o atacante Borges, que está há quatro rodadas sem balançar as redes.



- Eu só me preocupo quando não sai o gol. Se quem marca é o Rogério ou o Marco Aurélio Cunha (superintendente de futebol do clube), está bom. Como dizia o Dario Maravilha, o feio é não fazer gol. Eu quero ganhar, e não saber quem fez o gol - finaliza Muricy.

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