Após o jogo, o diretor de futebol do clube carioca, Domingos Bosco, confirmou a ajuda. "Viemos aqui para salvar um Corinthians falido", disse ele. A partida amistosa rendeu aos cofres corintianos a soma de Cr$ 558.910,00. Convém lembrar: o clube estava protestado em diversas praças comerciais e prestes a perder o ônibus da delegação após várias parcelas atrasadas. A gestão do presidente Miguel Martinez (1971 e 1972) foi desastrosa para o clube.

Antes de chegar a tal ponto, o Corinthians já havia pedido e sofrido intervenção da Federação Paulista de Futebol, em 1972, para quitar o pagamento de suas dívidas prioritárias. A década de 70 foi muito complicada para os corintianos. Em 1979, o então presidente da república e declarado torcedor corintiano, João Batista Figueiredo, veio em comitiva ao Parque São Jorge. Na visita, ficou definido que o governo federal faria uma intervenção para sanear o clube.
Em tempo. O São Paulo anexou o Clube Atlético Estudantes Paulista, que veio com estádio e tudo, em 1938, graças ao Festival do São Paulo FC (“jogo das barricas” para os rivais mentirosos) promovido pelo clube. É claro, sem dar alarde do verdadeiro motivo. Já o rival, faliu em 1915 — ano que alterou o escudo, trocou de endereço e fugiu dos cobradores municipais. Faliram também em 2004, quando precisaram se vender para a MSI por motivo de dívidas.
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Falência do São Paulo? Barricas? Esmola? Não viaja
Wender Peixoto
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