Relembre a briga de Rivaldo com o holandês Louis van Gaal

Fonte ESPN

Ao fim do jogo contra o Avaí, na última quinta-feira, que eliminou o São Paulo da Copa Brasil, Rivaldo se disse humilhado por não ter conseguido ajudar seus companheiros. A crítica tinha como alvo claro o técnico Paulo César Capergiani. Não foi a primeira vez que o meia se desentendeu com um treinador. Em entrevista à edição de fevereiro da revista ESPN, o pentacampeão mundial contou os bastidores de sua briga com o holandês Louis van Gaal, durante a passagem pelo Barcelona. Relembre abaixo.
Eu ganho, vocês perdem
“Van Gaal é um grande treinador, mas não aceitava opinião. Tem que ser a opinião dele. E como eu estava muito bem na época, batia de frente. Quando ganhava, era o esquema tático dele. Quando perdia, era culpa dos jogadores. Quando me chamavam para ir à imprensa, jogava a responsabilidade para ele. Dava alguma confusão. Uma vez ele brigou comigo por 20 segundos de atraso, até mostrou o relógio. Parava treino para eu colocar a camisa para dentro. Aí eu ia à imprensa e chutava o balde.”
19 a 1
“Teve um ano em que eu ganhei como o melhor estrangeiro, com 19 votos a favor e um contra. Adivinha quem votou contra? Ele votou no Mazinho, que estava no Celta. Passou uma semana, duas semanas. Aí, na imprensa, me perguntaram se eu tinha aprendido alguma coisa com o Van Gaal. E eu: ‘Nada! Tudo o que eu sei veio do Brasil’. Passou um dia e ele veio conversar comigo, chegou com aquela cara vermelha. Ele encostou e disse: ‘Quer dizer que você não aprendeu nada?’. E eu disse que nada. Ele respirou: ‘E agora, o que eu vou falar?’. ‘Fala que é a opinião do jogador. Eu não falei na semana passada que era opinião do treinador, quando me perguntaram do voto no Mazinho?’.”

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Pênalti só em Copa
“Perdi um pênalti num jogo do Campeonato Espanhol e, numa partida contra o Manchester, ele colocou Giovanni, Luis Enrique e meu nome embaixo na ordem. Pulei de primeiro para terceiro. Teve dois pênaltis, foi 3 a 3. O Giovanni fez o primeiro, mas tinha saído na hora do segundo, para empatar o jogo. O Luis Enrique nem sabia bater, foi lá e fez. A imprensa toda foi em cima de mim. Eu disse que não batia mais. Quando voltamos das férias, depois da Copa de 98, pré-temporada, amistoso contra o Lérida, a gente estava com o Ronald Koeman como segundo treinador. Eles achavam que eu tinha esquecido e colocaram meu nome no topo da lista de batedores. Eu falei que não batia mais pênalti no Barcelona. Aí, o Koeman disse: ‘Tem medo de bater pênalti, é?’. Eu respondi: ‘Só bato contra a Holanda em Copa do Mundo [o Brasil havia eliminado os holandeses nos pênaltis, na semifinal da Copa, com Rivaldo convertendo o dele]’.”
Até a morte?
“A gente tinha perdido quatro jogos seguidos, levado 4 a 1 em casa, ele estava quase caindo. Aí fomos jogar contra o Valladolid. Ele chegou para mim, quase chorando. ‘Você tem algo contra mim? Você não jogou nada.’ Falei que era coisa que acontecia. ‘Você está comigo até a morte?’. ‘Estou, só até a morte’. ‘Vamos ganhar do Valladolid?’. Falei: ‘Vamos, vamos’. Chega no jogo, chuto a bola, o goleiro defende e o Xavi faz no rebote, de cabeça. Segundo tempo, 5 minutos, sobe a placa para eu sair. Não acreditei! Ele me deu instrução e tal, perguntou se estava com ele até a morte e me tira com 5 minutos para colocar o Abelardo, um zagueiro. Só para se defender. Levou bola na trave, mas ganhou por 1 a 0. Ele veio me dar a mão e eu tirei, na frente de todo mundo. Fiquei uns dias sem nem falar com ele.”
Amigo Mourinho
“Muita gente tem má impressão dele, mas é muito gente boa. Era tradutor lá, mas já mostrava que entendia de futebol. Deram oportunidade e ele foi embora. Ele me ajudou muito. Chegava e dizia que o Van Gaal estava meio revoltado comigo, falava algumas coisas para mim: ‘Ele vai te colocar para jogar, de camisa 10. Mas toma cuidado porque ele está louco para que tu jogues mal’.”
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