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De 'pé frio' a vencedor, Telê é personagem de documentário



De um Trabalho de Conclusão do curso de Jornalismo para um longa-metragem, contando a história daquele que lutou contra a fama de pé-frio para até hoje ter o seu nome cantado pela torcida de um dos times mais vitoriosos do Brasil. Essa é a história do filme "Telê Santana: Meio Século de Futebol Arte", produzido pelas jornalistas Ana Carla Portella e Danielle Rosa, que será lançado em DVD no próximo dia 12 de maio.

As duas tiveram a ideia de produzir a película sobre futebol quando estavam se graduando, mas não pararam após receberem o diploma. Formadas em 2002, viram que a história do técnico aleria algo mais, continuaram o trabalho a partir dali e finalizaram a obra em 2009.

Com depoimentos de uma série de personalidades que conviveram com o treinador, desde seus familiares até jogadores como Zico, Sócrates (da seleção de 82), Raí, Zetti, Leonardo e Palhinha (do São Paulo da década de 1990), o documentário chegou aos seus 70 minutos de duração.

"Depois que nós terminamos o trabalho, nós sabíamos que tinhamos que ir atrás, porque o assunto necessitava de um longa-metragem", afirma Ana Carla. Um dos personagens mais envolvidos com o ex-comandante tricolor, Palhinha comemorou a homenagem.

"É uma homenagem justíssima por tudo o que ele fez, pelo que representa. Acho que é até pouco, pois o Telê é uma figura importantíssima. Quem dera nós tivessemos hoje em dia pessoas com o caráter dele no futebol mundial", comentou o atacante, que lembrou alguns dos episódios com o rígido comandante.

"Eu morria de medo dele viu (risos). Era um cara muito rígido e perfeccionista no que fazia. Sempre cobrava o máximo de todos nos treinamentos, de mim especialmente. E não podia errar, porque ele ia lá e fazia melhor do que você", declarou.

O centroavante fez parte do time bicampeão mundial em 92 e 93, que marcou a guinada na fama de pé-frio de Telê, fato cada vez mais presente em sua vida após as derrotas com a seleção brasileira nas Copas de 82 e 86 e na final do Campeonato Brasileiro de 90, contra o Corinthians, já pelo clube do Morumbi.

Os depoimentos dele, do meia Pintado e do ex-diretor de futebol Kalef João Francisco são considerados o ponto alto em emoção do filme, junto ao de Renato Gaúcho, personagem de um polêmico corte no Mundial de 1986.

Presente à sessão de estreia da película, o dirigente dos anos de glória no começo da década de 90, recordou o sucesso do esquadrão que dominou o mundo. "Aquele time era uma família, desde os jogadores até a diretoria. Por isso que deu certo, ainda mais com o comando do Telê", disse, visivelmente emocionado.

Outro a lembrar com saudades de Telê foi seu filho, Renê Santana, que comemorou o espaço ganho pelo seu pai com o filme, exatamente no ano em que completaria 80 anos. "É muito importante ver o meu pai recebendo essa homenagem. Sei que ele ficaria muito feliz com isso", encerrou.


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