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Americana ainda sofre com a mudança de cidade

Clube não tem CT nem sede na cidade nova; Rio Branco crê em fortalecimento com a torcida

Bandeira do Americana tremula no estádio Décio Vitta, local da partida contra o São Paulo - (Foto: Eduardo Viana)

Líder do Campeonato Paulista ao lado do Santos, com nove pontos e três vitórias nos três primeiros jogos do ano. Tudo parece perfeito no Americana Futebol Ltda., que nesta quarta enfrenta o primeiro grande time do Estado, o São Paulo, desde que mudou de Guaratinguetá. Mas se dentro de campo a fase é boa, fora dele o clube ainda sofre com a mudança de cidade.

Decidido a sair de Guaratinguetá desde novembro do ano passado, o clube ainda não terminou de transportar todo o patrimônio da antiga sede. Equipamentos da academia e dos alojamentos do extinto Guará, como camas e fogões ainda estão sendo levados para Americana, onde são guardados em um galpão. Na semana passada, uma das últimas coisas pertencentes ao clube e que ainda estava na cidade do Vale do Paraíba, o placar eletrônico do estádio Dario Leite Rodrigues, chegou na nova cidade, mas sequer será utilizado, já que o Décio Vitta possui um mais moderno.

A diretoria do Americana também não tem instalação fixa. A sede do clube é uma pequena sala alugada em um centro comercial no centro da cidade. No local, ainda é possível ver caixas embaladas e materiais de construção. Já os jogadores não possuem um centro de treinamento fixo para treinar. Às vezes realizam os trabalhos em um CT emprestado por uma empresa fabricante de pneus e, em outras, utilizam até os campos da prefeitura em bairros residenciais da cidade. Antes do Paulistão, os jogadores realizaram a pré-temporada em Atibaia, por não ter um lugar adequado em Americana.

Segundo o gerente de futebol do clube, César Xavier, o clube estuda propostas para construir uma sede administrativa e um centro de treinamento no município. No entanto, os projetos estão na fase de negociação. Há ainda a ideia de se iniciar o projeto de sócio-torcedor e algumas campanhas de marketing para atrair torcedores ao novo time.

- É tudo muito novo, não temos nada aqui ainda. As pessoas querem as coisas para ontem, mas não é assim - defende-se o presidente Ricardo Navajas, que já foi técnico da seleção venezuela de vôlei.

No primeiro jogo do Americana na cidade, pouco menos de 3 mil pessoas viram a vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo, no Décio Vitta, número considerado surpreendente pela própria diretoria. Em janeiro, alguns dirigentes do clube iniciaram uma torcida organizada, bancando instrumentos, uniformes e bandeiras que serão estreadas hoje, no jogo contra o Tricolor. A torcida iniciou com 20 pessoas e atualmente possui 100 membros, que recebem ingressos do clube para as partidas. Além disso, um dos vereadores da cidade bancou cerca de 500 ingressos para moradores da cidade irem na partida diante do Botinha.

Para o jogo contra o São Paulo, 15.500 ingressos foram colocados à venda em cinco pontos diferentes. Com preços que variam de R$ 30 a R$ 60 reais, o clube só venderá meia-entrada na porta do estádio. O clube já recebeu uma bronca do Procon para comercializar as meias também nos pontos de venda, o que deve ser feito a partir do próximo jogo.

Rio Branco vive dilema com chegada de novo clube

Enquanto o Americana disputa a Série A1 do Campeonato Paulista e a Série B do Campeonato Brasileiro, o tradicional Rio Branco passa por apuros. Endividado, o clube corre o risco até mesmo de falir. No entanto, o gerente de futebol do clube, Mauriti Cardosos, acredita que, com a chegada de um novo time na cidade, o tradicional Rio Branco se fortalecerá com a torcida.

- Para a cidade foi um susto, todo mundo torcida para o Rio Branco e de repente vem um time falando que era de Americana. Eles ainda tem influência porque a prefeitura que trouxe o clube pra cá. Mas eles pensavam que chegariam aqui e todo mundo torceria para o Americana, e isso até fortaleceu ainda mais nossa torcida e até nós da diretoria, que queremos a elite de qualquer jeito agora - garante.

Segundo Rodrigo, presidente da TOA (Torcida Organizada Americana), alguns membros da nova torcida torciam para o Rio Branco, e mudaram de clube com a chegada do Americana. Mas Mauriti não vê a possibilidade de mudança de clube por parte dos moradores de Americana.

- Esses dias eu vi um torcedor com a camisa do Americana. Não vejo ninguém que torce para o Americana aqui. Fizemos até uma pesquisa na cidade e todos que responderam que eram Rio Branco. É que a gente tem quase 100 anos já na cidade, né? Tivemos muitas alegrias e tristezas também, mas somos um clube tradicional. Eles tem de ralar muito para chegar na onde a gente chegou - finalizou.

Bate-bola com Ricardo Navajas - Presidente do Americana Futebol Ltda.

LANCENET!: Vocês chegaram agora na cidade. O que fazer para atrair torcedores?
Navajas: Primeiro precisamos pensar no time. Faz tempo que Americana não tem uma equipe na Série A1, que leve o nome da cidade. E nós chegamos para fazer isso, pois a cidade quer um time competitivo. Estamos trabalhando muito por isso.

L!: Sente dificuldades por ser um clube que ainda está chegando na cidade?
Navajas: Temos alguns problemas de estrutura. Às vezes treinamos no campo da Good Year, às vezes em campos dos bairros da cidade. Nós estamos no começo de tudo ainda, é difícil fazer as coisas rapidamente.

L!: Porque a saída de Guaratinguetá?
Navajas: Lá em Guará não tinha apoio da prefeitura, não tinha muita abertura. Aqui é diferente. Lá, por exemplo, tinha o alto aluguel do estádio, aqui não tem isso...

L!: Outras cidades fizeram proposta para o Guará?
Navajas: Ah, sim, várias outras. Mas Americana é uma cidade bem localizada, está em uma região importante, por isso a escolha por Americana.

L!: E tem alguma ideia de marketing, para enraizar o time na cidade, assim como é o Rio Branco?
Navajas: Nossa preocupação é com o time, apenas. Ideia todo mundo tem, mais aqui no Americana são três, quatro pessoas que decidem. As pessoas chegam aqui e vendem ideias, mas somos nós quem decidimos. Não vou concordar com tudo o que me dizem.

L!: Já teve contato com alguém do Rio Branco, já que são os dois times da cidade agora?
Navajas: Não tive contato com eles. Eu sou presidente do Americana, não preciso ter contato com eles.

L!: Mas os dois times jogam no mesmo estádio, estão na mesma cidade...
Navajas: E daí? Eles jogam em dias diferentes do que nós jogamos. Só isso basta. Eles lá e a gente aqui. Como eu disse, sou presidente do Americana, não sei nada sobre o Rio Branco.

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