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Carpegiani: um gênio incompreendido

O histórico não mente. Para o bem ou para o mal, Paulo César Carpegiani tem longa lista de escolhas curiosas (quando deram certo) ou estapafúrdias (quando naufragaram). Algumas estão no folclore do futebol, assim como o próprio protagonista, um dos maiores volantes do país em todos os tempos.

Que tal testar Betão, não exatamente conhecido pela destreza com o pé canhoto, na lateral esquerda do Corinthians? E o zagueiro Bordon como centroavante do São Paulo?

"Sou muito difícil de entender mesmo. Talvez seja necessário um curso para isso", disse Carpegiani em 1999, na sua passagem anterior pelo Tricolor.

Ele também nunca fugiu de decisões polêmicas. A maior de todas foi afastar o goleiro Roger por ter aceitado posar nu para a revista "G Magazine".

Há 11 anos, o treinador teve conturbada relação com Márcio Santos. Afastou o zagueiro, depois o reintegrou, para em seguida colocá-lo no banco. Tudo isso entremeado por discussões pela imprensa. "Faz parte do passado e lhe desejo sorte. Mas ele atrapalhou minha carreira no São Paulo", diz o aposentado defensor.

Fé / "Não tenho varinha mágica, tenho confiança naquilo que faço, mas depende exclusivamente da qualidade técnica do time. Uma coisa é ver (o elenco) como adversário, e outra é treinar os jogadores, ver a qualidade de cada um", discursa o técnico. São Paulo e Carpegiani nem pensam tão diferente assim. Lucas se chamava Marcelinho. Assim como o técnico um dia quis que Dentinho abandonasse o apelido para adotar o nome Bruno Bonfim.


Números trocados nos uniformes
Na chegada ao São Paulo, em 1999, trocou a numeração das camisas antes de partida contra o Bayer Leverkusen. Era para confundir o adversário estrangeiro.

Time que está ganhando se mexe
O São Paulo ganhou os seis primeiros jogos sob seu comando. Insatisfeito, mudou para pegar o Botafogo. Perdeu por 2 a 1.

A defesa é o
melhor ataque?
Sendo derrotado de novo pelo Botafogo, fez duas mudanças no segundo tempo. Colocou um zagueiro (Wilson) e um volante (Alexandre). Levou mais um gol.

Ajuda da tecnologia no futebol
No Morumbi, adotou programa de computação gráfica para avaliar desempenho dos atletas. O recurso verificava qual a faixa de campo mais usada por cada um.

Especialização
em Carpegiani
Em entrevista, confessou não ser uma pessoa de métodos convencionais. "Eu sou muito difícil de entender mesmo. Talvez seja necessário um curso para isso."

A longa procura
pela escalação ideal
Nos primeiros 42 partidas no Tricolor, durante sua passagem anterior, fez 38 mudanças no time.

Não queriam alguém bom na bola aérea?
Com o São Paulo perdendo e precisando de "referência" na área, não teve dúvidas: colocou o zagueiro Bordon de centroavante.

Sai Dentinho,
entra Bruno Bonfim
No Corinthians, em 2007, cismou que Dentinho não era nome de jogador. Tinha de ser Bruno Bonfim. Ficou Dentinho.

Zagueiro destro
na lateral esquerda
Em treinamento, escalou o zagueiro destro Betão na lateral esquerda. Não deu certo.

Técnico de todos os esquemas
Não se agarra a nenhum esquema tático. Em 1999, usou o 3-5-2. Em outros clubes passou ao 4-4-2. No Atlético-PR, jogava com três atacantes.

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