Paulo César Carpegiani deixou o Atlético Paranaense; vinha de campanha muito boa: 11 vitórias, 5 empates e 6 derrotas, quase 58% de aproveitamento; time em quinto lugar, a apenas seis pontos do G-3.
Trocou tudo pelo combalido mas sempre tentador São Paulo, sete pontos e seis posições atrás. Para ele, largar o trabalho no meio e falar em ética é hipocrisia.
Alto lá.
Carpegiani tem todo o direito de fazer o que bem entender de sua vida profissional. Todo o direito de trocar um trabalho por outro que vá lhe pagar mais e/ou que julgue melhor do que o anterior. É verdade que quase todos fazem como ele. Só não deveria falar em hipocrisia usando como justificativa o fato de os clubes também interromperem trabalhos no meio do caminho.
Em primeiro lugar, se os clubes – em alguns casos – erram ao demitir, um erro não justifica o outro. Em segundo, nunca vi clube demitir quando o trabalho está dando certo e os resultados são bons. Precipitados ou não, os técnicos são dispensados quase sempre porque objetivos pretendidos pelas duas partes não são atingidos.
Exatamente o oposto do que acontecia com o trabalho de Carpegiani no Atlético-PR, que para muitos, era até candidato ao título.
Repito: Carpegiani tem direito de optar por um emprego que julgue melhor pra ele. Mas não deveria sugerir que é hipócrita quem opta diferente, cumprindo contratos e mantendo a palavra.
Muricy Ramalho assombrou o país há pouco tempo por agir assim. Recusou a seleção brasileira para ficar no Fluminense. Contrariou seus próprios e naturais objetivos profissionais, apenas por não querer descumprir sua palavra. E marcou o episódio com uma frase tão singela quanto significativa. “Preciso dar exemplo para os meus filhos”.
Isso é hipocrisia?
O que Carpegiani fez está longe de ser crime, falta de postura ou mesmo antiético. Sejamos realistas: são as regras (tortas) do mercado. É como se comportam quase todos os profissionais do meio no país. É como se comporta até mesmo grande parte da sociedade de uma forma geral, neste Brasil do vale-tudo.
Mas por favor, vamos evitar a total inversão de valores:
Falar e prezar pela ética não é ser hipócrita. É apenas ser antiquado, fora de moda, e para muitos, menos “esperto” do que os outros. Enfim, é estar vivendo num mundo que praticamente não existe mais.
Mas peço licença e até desculpas por estar no time do Muricy: como exemplo para os filhos, é muito melhor.
Trocou tudo pelo combalido mas sempre tentador São Paulo, sete pontos e seis posições atrás. Para ele, largar o trabalho no meio e falar em ética é hipocrisia.
Alto lá.
Carpegiani tem todo o direito de fazer o que bem entender de sua vida profissional. Todo o direito de trocar um trabalho por outro que vá lhe pagar mais e/ou que julgue melhor do que o anterior. É verdade que quase todos fazem como ele. Só não deveria falar em hipocrisia usando como justificativa o fato de os clubes também interromperem trabalhos no meio do caminho.
Em primeiro lugar, se os clubes – em alguns casos – erram ao demitir, um erro não justifica o outro. Em segundo, nunca vi clube demitir quando o trabalho está dando certo e os resultados são bons. Precipitados ou não, os técnicos são dispensados quase sempre porque objetivos pretendidos pelas duas partes não são atingidos.
Exatamente o oposto do que acontecia com o trabalho de Carpegiani no Atlético-PR, que para muitos, era até candidato ao título.
Repito: Carpegiani tem direito de optar por um emprego que julgue melhor pra ele. Mas não deveria sugerir que é hipócrita quem opta diferente, cumprindo contratos e mantendo a palavra.
Muricy Ramalho assombrou o país há pouco tempo por agir assim. Recusou a seleção brasileira para ficar no Fluminense. Contrariou seus próprios e naturais objetivos profissionais, apenas por não querer descumprir sua palavra. E marcou o episódio com uma frase tão singela quanto significativa. “Preciso dar exemplo para os meus filhos”.
Isso é hipocrisia?
O que Carpegiani fez está longe de ser crime, falta de postura ou mesmo antiético. Sejamos realistas: são as regras (tortas) do mercado. É como se comportam quase todos os profissionais do meio no país. É como se comporta até mesmo grande parte da sociedade de uma forma geral, neste Brasil do vale-tudo.
Mas por favor, vamos evitar a total inversão de valores:
Falar e prezar pela ética não é ser hipócrita. É apenas ser antiquado, fora de moda, e para muitos, menos “esperto” do que os outros. Enfim, é estar vivendo num mundo que praticamente não existe mais.
Mas peço licença e até desculpas por estar no time do Muricy: como exemplo para os filhos, é muito melhor.
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