Na incessante dança dos técnicos, Paulo César Carpegiani deve assumir o São Paulo nesta segunda-feira. Deixou o Atlético Paranaense da mesma maneira como os clubes dispensam seus técnicos quando lhe convém – com um simpático adeus e votos de muito boa sorte.


Não me parece o tipo de relação ideal. Mas já que é assim, vamos ao que interessa ao torcedor: o que pode mudar o São Paulo com Paulo César Carpegiani? Bem, como jogador, foi um dos melhores meio-campistas que vi em ação, técnico e agressivo, herói do Inter de Porto Alegre, por certo tempo um dos pilares do Flamengo e também com importante passagem pela Seleção Brasileira..


Como técnico, quase que logo de cara, campeão mundial entre os clubes pelo Flamengo, em 198l, dirigindo time de jovens craques, entre eles Zico e Adílio, cultivando toque de bola e velocidade, parecendo que iria mudar a cara do futebol brasileiro. Depois, Carpegiani, foi-me escapando do controle, reaparecendo na Copa de 1998 ao dirigir a Seleção do Paraguai, formando a mais sólida defesa da Copa- o amigo está lembrado?- sendo eliminado por um gol no finzinho da prorrogação da equipe anfitriã.


Um sucesso.


E lá encontro Carpegiani ao treinar o São Paulo no ano seguinte, já com ambições mais ofensivas e algumas curiosidades: trocava demais os jogadores da equipe, jamais se sabia ao certo quem iria jogar e justificava-se que era para enganar o adversário.


Foi apelidado de Professor Pardal.


Não deu certo.


Depois, teve altos e baixos. E vinha bem no Atlético Paranaense.


Vai dar certo no São Paulo? Será o Carpegiani do Flamengo ou o Professor Pardal?