publicidade

OPINIÃO | São Paulo 2×0 Bonecas



Nação impiedosa do Maior do Mundo;

Resultado normal, como sempre será normal ganhar das bonecas no Morumbi, em qualquer circunstância, em qualquer campeonato ou qualquer época do ano.

Porém, apesar da coisa mais importante de hoje ser consolidação da recuperação no Brasileirão, é sempre gostoso poder “apertar o butão” delas após suas típicas e costumeiras declarações fanfarrônicas pré-jogo. Falaram demais, brincaram antes da hora, sentaram e pedalaram legal. E hoje só não levaram uma saraivada histórica no Cícero Pompeu de Toledo porque o tricolor de Baresi teve muita misericórdia na segunda etapa e “equilibrou a partida”, mesmo contando com um jogador a mais.

Sem o ataque considerado titular, Baresi entrou em campo com Marlos e Fernandão, até pouco tempo atrás contestados pela torcida no período de maior baixa do clube no ano. Desta forma o Maior do Mundo foi a campo com Ceni, Jean, Xandão, Miranda e Richarlyson. Souto, Cléber Santana, Jorge Wagner e Marcelinho. Marlos e Fernandão.


O primeiro tempo foi um sexo futebolístico explícito para cima das bonecas. Se estivéssemos assistindo um filme da Brasileirinhas dentro de campo o São Paulo seria o Kid Bengala e o Flamengo seria a Márcia Imperator. O tricolor bombou para cima do adversário com a soberania que lhe é peculiar e a volúpia que a torcida tanto sentia saudade. Tanto é que em menos de dez minutos já estava ganhando de um a zero, em uma belíssimo lançamento de Marcelinho para a finalização certeira de Marlos.

E não ficou por aí. O Maior do Mundo literalmente sodomizou o pobre adversário em campo. Foi uma bola na trave de Fernandão e várias chegadas rápidas. Finalmente víamos um time equilibrado em campo; alternando experiência com juventude. As bonecas perderam Diogo, após simular um pênalti já amarelado. Erro mortal. De tanto martelar o martelão o Soberano marcou mais um, com Fernandão fuzilando de cabeça o lançamento milimétrico de Jorge Wagner. O Jorge, dos 200 jogos.

Dois a zero no intervalo e onze contra dez. Cheiro de goleada no ar? Não. Sérgio Barese não deixou isso acontecer e, com uma substituição infeliz, equilibrou a partida favorecendo o adversário. Ao tentar liberar os alas colocando três zagueiros, nosso jovem treinador fez o que o mais júnior estagiário de futebol nunca deve fazer: Colocar Renato Silva para cobrir a lateral direita. Para mim só existe uma situação em quem Renato Silva possa entrar em campo: Quando todos os zagueiros do elenco profissional e da base estiverem no departamento médico e olhe lá.

Com o erro na substituição, o time desencaixou e permitiu a vinda do adversário. Não que isso fosse grande coisa mas perdemos uma grande chance de enfiar uns sete, oito gols nas bonecas. Sorte delas que não sairam do Morumbi com o “butão gasto”. Ainda bem que nosso técnico reconheceu o erro na coletiva do jogo ao final da partida.

Mesmo com um a mais em campo e perdendo gol atrás de gol, o São Paulo não menosprezou nenhuma vez o adversário, não chamou a torcida para o olé nem promoveu a fanfarronice gratuita. Nada contra, mas clube grande age desta maneira, o jogo é dentro de campo. Simples assim.

Fim de jogo, resultado importantíssimo, recibo nas bonecas e atenções voltadas ao Engenhão no domingo, quando enfrentaremos o Botafogo, mais uma vez com sérios desfalques. Miranda e Cléber Santana não jogam, suspensos com o terceiro amarelo. Em compensação volta Dagoberto e quem sabe Ilsinho, que atuou pouco hoje mas já deu seu “cartão de visitas” com um belo elástico na zaga carioca.

Porém, com um equilíbrio no time e uma boa sequência, dá para pensar em vôos mais altos.

Pensamento do dia: Senta e pedala, bonecas!

Saudações tricolores!

Melhores do SPFC: Marlos (gol e muita disposição), Fernandão (gol e bola na trave, bom jogo),
Marcelinho (confiança é tudo para este moleque), Jorge Wagner (200 jogos pelo tricolor) e, claro,
Rogério Ceni (maestro da vitória com defesas importantes e a categoria do melhor goleiro do Brasil)
Pior do SPFC: Nossa Diretoria, que vacilou ao tratar este jogo como “mais um”. Em pleno aniversário
de 20 anos de um dos maiores ídolos (senão o maior) do SPFC deveria ter feito uma promoção, para
encher o Morumbi de torcedor para reverenciar o mito. Que tal todos pagarem meia e quem estivesse
com camisa do goleiro não pagasse? Só um troféu para o capitão foi pouco.

Menção Honrosa: Para o som do estádio que, ao invés de tocar o pagode de sempre, tocou entre outras coisas “Hells Bells e You shook me all night long” do AC/DC. As músicas que rolaram antes e no intervalo da partida foram sugeridas pelo Capitão Ceni. Deveriam SEMPRE tocar esse playlist. Imagine o time entrando no campo com o estádio lotado, cobertura no teto com “Hells Bells”. Não iria perder nunca!

VEJA TAMBÉM
- Botafogo domina São Paulo, mas não consegue marcar e empata na Libertadores
- Provável escalação do São Paulo para enfrentar o Botafogo na Libertadores
- Botafogo x São Paulo: onde assistir, escalações


Receba em primeira mão as notícias do Tricolor, entre no nosso canal do Whatsapp


Avalie esta notícia: 17 3

Comentários (18)

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.