São Paulo enfrenta vexame em pênaltis, mas deve lamentar dois outros aspectos

O vexame nos pênaltis é uma realidade que assombra muitas equipes, e o São Paulo vivenciou isso recentemente ao ser eliminado precocemente da Copa do Brasil pelo Athletico-PR. Na ocasião, o time paulista teve três cobranças de pênaltis, todas elas muito mal executadas e defendidas pelo goleiro Santos. Essa situação não é novidade para os torcedores, que certamente se lembram do fiasco da seleção brasileira na Copa América de 2011, quando perdeu para o Paraguai nas quartas de final com cobranças igualmente decepcionantes.

No entanto, o São Paulo, sob a presidência de Julio Casares, deve lamentar outras questões além das cobranças frustradas. A primeira delas foi a falha imperdoável do time de Hernán Crespo em casa. No Morumbi, diante de um adversário que, embora possua estrutura de Série A, atuava como um clube de Série B, a vitória era uma obrigação. Os 2 a 0 no primeiro jogo poderiam ter sido ampliados, mas um gol bobinho acabou complicando a situação, permitindo que o Furacão tivesse uma chance real na partida de volta.

A volta na Arena da Baixada, local sempre hostil para qualquer visitante, foi ainda mais tensa após a expulsão de Rafael logo aos 4 minutos. Isso transformou o confronto em um verdadeiro drama para a torcida tricolor. O gol de Esquivel – que contou com dois desvios antes de passar por Jandrei – foi merecido, visto o desempenho do time da casa até aquele momento, enquanto o São Paulo, após algumas substituições, começou a perder força.

Outro ponto a ser lamentado para os paulistas é a fragilidade do elenco. Embora tenha uma base interessante, o time é carente em diversos aspectos, principalmente em jogos decisivos como o que ocorreu na Arena da Baixada. O goleiro Jandrei, que nunca passou grande confiança, teve que assumir a posição titular após a expulsão de Rafael. As decisões de Crespo durante a partida, como a saída de jogadores amarelados, não se mostraram eficazes, e a saída de Arboleda e Bobadilla, acompanhada da entrada de Sabino e Marcos Antônio, evidenciou as limitações do elenco.

A situação se agravou quando Crespo decidiu fechar a defesa ao colocar o volante Pablo Maia, mesmo sabendo que Ferreirinha era a melhor opção para o contra-ataque. A saída de Luciano, uma das principais esperanças de ataque, para a entrada de Gonzalo Tapia, que ainda precisa se afirmar, gerou algumas críticas. Essa mudança pode ter sido um erro, especialmente considerando que se aproximavam os pênaltis. O grupo estava despreparado para as cobranças, que culminaram em um vexame - todas as tentativas falharam, uma sequência de erros alarmante.

Agora, com a derrota, o São Paulo se prepara para seus próximos desafios no Campeonato Brasileiro e na CONMEBOL Libertadores. O impacto dessa eliminação precoce ainda será sentido, e os torcedores esperam uma reação à altura nas próximas partidas.