Rogério Ceni exalta o São Paulo de 2005: alma e coração em campo

Rogério Ceni, um dos maiores ídolos da história do São Paulo, recorda com emoção o extraordinário time de 2005 que conquistou a terceira Libertadores da história do clube. Com cinco gols marcados e 1.260 minutos em campo como capitão, sua atuação foi fundamental para a vitória expressiva sobre o Athletico-PR, que culminou em um 4 a 0 no Morumbi, diante de uma multidão de 71.986 torcedores.

O goleiro e líder tricolor, que já havia participado da conquista em 1993, destacou a singularidade do grupo de 2005. Em suas palavras, “o time de 2005 era fantástico, como ser humano. Eram pessoas fora de série.” Ele faz uma distinção entre as diferentes épocas, afirmando que, embora o time de 1992 e 1993 fosse mais técnico, o de 2005 tinha uma alma e um coração que se destacavam, sendo apto a competir e vencer.

Para Ceni, as qualidades do time de 2005 eram evidentes, com uma defesa robusta que contava com jogadores como Lugano e Edcarlos, além de um estilo de jogo que favorecia as jogadas de bola parada. Ele enfatiza que, mesmo não sendo o time mais brilhante tecnicamente, tinha uma força física e uma determinação incomparáveis, sempre focando na conquista.

O ano de 2005 representou para Ceni a realização de um ciclo que começou quando ele ingressou no clube aos 17 anos. Embora tenha vivenciado os títulos de 1992 e 1993, ele não foi protagonista naquela época. Em 2005, ao liderar a equipe como capitão, Ceni sentiu a emoção de conquistar a Libertadores jogando, um momento que se tornou especial em sua carreira.

Logicamente, a final de 2005 é lembrada por muitos, mas o goleiro considera a semifinal contra o River Plate como uma das mais desafiadoras. Ele elogia a equipe por conseguir um desempenho notável em casa e um resultado sólido na Argentina, considerando essencial o clima intenso da decisão no Morumbi.

Com a serenidade de quem conquistou diversos títulos e sabendo o quão difícil é vencer a Libertadores, Ceni reflete: “Aquele time tinha que ser campeão. Tinha alma de competidor.” Este sentimento de justiça pela conquista é, para ele, uma confirmação do talento e da dedicação de todos que fizeram parte daquela gloriosa campanha.