Em 14 de julho de 2005, o São Paulo Futebol Clube conquistou a sua terceira taça da Copa Libertadores, um feito que ficou marcado na história do futebol brasileiro. A equipe, com suas cores vermelha, preta e branca, fez vibrar quase 72 mil torcedores no Morumbi durante a primeira final brasileira da competição. Cicinho, o lateral-direito que teve papel fundamental na campanha, compartilhou em uma entrevista como foi a trajetória até esse grande momento, ressaltando desde a preparação nos vestiários até a festa no estádio.
A jornada do São Paulo na Libertadores de 2005 começou de maneira cautelosa. Após um terceiro lugar no Brasileirão de 2003 que garantiu uma vaga para 2004, o time enfrentou um revés ao ser eliminado na semifinal do torneio sul-americano pelo Once Caldas. A perda daquela vez deixou uma marca profunda nos torcedores, criando um ambiente de expectativa para a nova edição da competição.
Naquele ano, a equipe teve um início incerto na fase de grupos, onde somou duas vitórias e dois empates. Após a saída de Emerson Leão, Milton Cruz assumiu temporariamente o comando, até a chegada de Paulo Autuori. Sob o novo técnico, o São Paulo eliminou adversários importantes, como o Palmeiras nas oitavas e o River Plate na semifinal, garantindo assim a sua presença na final contra o Athletico Paranaense.
O primeiro jogo da final terminou empatado em 1 a 1, com um gol contra do defensor Durval. No jogo de volta, porém, o São Paulo mostrou sua força ao vencer por 4 a 0, encerrando um jejum de títulos da Libertadores que se estendia desde 1993. Para Cicinho, aquele momento foi a realização de um sonho de infância, onde sentiu a energia da torcida e o peso de representar um clube com uma rica tradição.
A conexão com os torcedores durante a final foi algo único. A presença massiva e o apoio incansável da torcida foram cruciais para a motivação da equipe. Cicinho destacou que a união entre jogadores e torcedores criou uma sinergia poderosa, permitindo que o time superasse adversidades e mantivesse a determinação em busca da vitória.
Relembrando os bastidores do time, Cicinho também compartilhou a leveza do clima no vestiário antes dos jogos. Um momento curioso ficou marcado quando ele e seus companheiros se divertiram consumindo biscoitos recheados, escondidos do técnico, enquanto lidavam com o nervosismo que naturalmente precede uma decisão tão importante.
Além de contribuir para a conquista da Libertadores, Cicinho também fez história ao marcar o gol de número 10.000 na competição em um dos jogos contra o Palmeiras. Este gole foi vivido com alegria especial, especialmente pela conexão que ele tinha com seus companheiros e a torcida, criando uma lembrança que perdura até hoje.
Apesar dos sucessos de 2005, o panorama atual do São Paulo é diferente. O clube enfrenta um jejum de títulos na Libertadores e luta para recuperar sua grandeza no cenário nacional. Cicinho sugere que o retorno ao topo depende fundamentalmente de jogadores fazendo a diferença em momentos decisivos, ressaltando a importância do trabalho em equipe e do foco no coletivo
À medida que o São Paulo reflete sobre suas glórias passadas, fica a esperança de que novos heróis emergirão e que, em breve, o clube ascenderá novamente ao pódio da Libertadores.
Velhos tempos, belos dias. Tempo em que fomos respeitados mundialmente...