Wellington Martins, aos 34 anos, é um nome conhecido por sua passagem no futebol, especialmente pelo São Paulo, onde começou sua carreira. No entanto, sua trajetória também inclui passagens por clubes de destaque no Brasil, como Internacional, Vasco, Athletico, Fluminense, Avaí e Goiás. Atualmente, sem clube e em busca de novas oportunidades, ele começa a vislumbrar um futuro fora dos gramados como desenvolvedor imobiliário.
Wellington abriu a WM5 Empreendimentos, sua própria empresa no ramo imobiliário. Nesta nova fase, ele se transforma de atleta em corretor, dedicando-se a realizar sonhos. "Não existem dois Wellingtons. O futebol abre portas e traz oportunidades. Eu sou um investidor no mercado imobiliário. É palpável. Você vê o prédio subir, a casa sendo construída. Sempre gostei disso", explica. O ex-jogador investe em imóveis e agora promove esse sonho também para outras pessoas, tendo inclusive obtido a credencial do Creci.
Em sua nova função, Wellington escuta os desejos de seus clientes, que vão desde casas e apartamentos até condomínios de luxo e, surpreendentemente, ilhas. Ele compartilha uma anedota divertida: "Vender uma ilha é fácil. Você leva o cliente e diz: aqui está a ilha." A dedicação e as conexões que ele construiu durante sua carreira no futebol o auxiliam a atender a clientes de alto escalão, muitos dos quais são amigos.
Apesar da nova fase empolgante, seu caminho nem sempre foi fácil. Há dez anos, Wellington enfrentou o momento mais difícil de sua carreira quando foi suspenso por doping enquanto jogava no Internacional. Testando positivo para substâncias proibidas, ele ficou afastado dos gramados por seis meses, seguido de uma grave lesão no joelho que o afastou dos campos por um total de 364 dias. O doping o deixou traumático, especialmente pela forma como se sentiu abandonado pelo clube durante aquele período conturbado.
Relembrando o incidente, Wellington compartilha a desconfiança que sentiu no trato que recebeu: “Tivemos que procurar ajuda por conta própria. Eles sabiam que era algo contaminado dentro do clube.” Apesar da dor emocional e das dificuldades enfrentadas, o volante não deixou de olhar para o futuro. Ele menciona os ensinamentos valiosos adquiridos ao lado de ídolos, como Rogério Ceni, durante sua juventude no São Paulo. "Convivi oito anos com o Rogério. Aprendi demais com ele, e por isso ainda tenho a vontade de ajudar e conquistar", recorda.
Atualmente, após a perda de sua mãe, Wellington decidiu voltar a São Paulo para apoiar seu pai e cuidar da família. Esse período ao lado dos entes queridos o fez repensar sua carreira enquanto continua se preparando fisicamente no CT da Barra Funda. Apesar de estar sem clube no momento e das dificuldades enfrentadas, ele ainda mantém esperanças e já está recebendo sondagens de novos times. "É um desejo do meu pai, do meu irmão, da minha esposa, dos meus filhos", confessa, demonstrando seu comprometimento em voltar aos campos.