O torcedor do São Paulo, que iniciou o ano celebrando um triunfo sobre o Palmeiras na Supercopa, agora se vê em uma situação preocupante ao final da temporada de 2025. Após uma campanha decepcionante, marcada por uma sequência de cinco jogos sem vitória, a derrota para o Botafogo culminou em uma sensação de melancolia. Embora o clube tenha conseguido se classificar para a fase de grupos da Conmebol Libertadores do próximo ano, devido aos títulos conquistados por Botafogo e Flamengo, isso não apaga a frustração gerada pelas recentes apresentações da equipe.

Além dos resultados insatisfatórios em campo, a situação financeira do clube também é alarmante. Em setembro, o São Paulo já enfrentava um déficit de R$ 191 milhões, o que obrigou a diretoria a implementar um fundo para gestão das dívidas. Com o objetivo de encerrar o próximo ano fiscal com superávit, medidas rigorosas precisarão ser tomadas, sobretudo na redução das despesas, condicionadas a um teto de investimentos de até R$ 350 milhões no departamento de futebol.

A situação se complica ainda mais com o desencontro entre as expectativas do técnico Luis Zubeldía e as diretrizes da diretoria. Enquanto o treinador solicita cinco reforços para o elenco, os dirigentes se mostram relutantes, propondo apenas três e, ainda assim, com o desafio de reduzir a folha de pagamento em até R$ 1,5 milhão. Essa divergência de objetivos traz incertezas sobre o futuro do time, que conta com uma base sólida, mas pode enfrentar desgastes devido a possíveis saídas de jogadores importantes.

A estrutura de formação de atletas em Cotia, conhecida por revelar talentos, pode ser uma alternativa viável para enfrentar os desafios financeiros e fortalecer o elenco. Contudo, essa estratégia exige paciência e uma gestão cuidadosa para assegurar que os jovens jogadores tenham espaço para se desenvolver sem sofrer pressão excessiva.