O São Paulo vive um período de reestruturação de suas finanças, uma das principais missões da gestão de Julio Casares, que, além de trabalhar para manter o time competitivo, age com cautela para não comprometer os cofres do Clube.
Na última terça-feira (10), o presidente Tricolor concedeu entrevista ao programa De Primeira da Uol Esporte e detalhou preocupações sobre a dívida de R$ 700 milhões que paira sobre o Morumbi. “A dívida do São Paulo hoje está próxima de R$ 700 milhões, ela aumentou, mas porque nós fizemos esse efeito para aumentar o ativo do Clube. Agora, depois do legado esportivo que foi o primeiro mandato, o meu segundo mandato, que eu fui reeleito sem oposição, me dita os três caminhos que eu tenho que atuar: a reestruturação e o plano de gestão, um choque de gestão na área financeira para que a gente em 5 anos termine essa dívida”, explicou o dirigente.
Casares está de olho nas movimentações feitas por rivais e citou a necessidade de Fair Play financeiro, utilizando o exemplo das novas SAFs que surgiram no cenário do futebol brasileiro. Quando o Tricolor pode pensar em uma SAF? “A SAF é a solução para comprar times quebrados, porque paga pouco e depois entra um grupo que pode ser aventureiro ou não, pode ser sério ou não, e arrebenta o clube mais ainda. Então, a SAF pode ser uma boa coisa pro futebol, desde que os clubes negociem em pé, que o clube mostre reorganização”, avaliou o presidente.
Desta forma, o mandatário do Clube da Fé também abordou o que pensa sobre a criação de uma sociedade anônima para a gestão do SPFC: “Pode ser que um dia o São Paulo discuta isso, sim, mas com o norte da sua dívida estabelecido, com a valorização do seu ativo, que é o torcedor, que bate todo o recorde no Morumbi, e com o estádio moderno e confortável para que a gente faça shows, como foi feito agora e também faça outros contratos, como fizemos com Live Nation”, revelou Casares.
Bastidores à parte, o Tricolor volta aos gramados nesta quinta-feira (12), para a segunda partida diante do Atlético-MG nas quartas de final da Copa do Brasil, em partida que será realizada na Arena MRV. A missão é reverter a derrota sofrida no Morumbis por 1 a 0.
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